opinião

AVENTURAS COM A BELA LUNNA

27 de agosto de 2023

Por  GILBERTO CARNEIRO
HÁ exatamente 18 anos, em meio a uma reunião, eu recebia um telefonema da mimha esposa pronunciando apenas três palavras. – “minha bolsa rompeu”.
Feito louco corri para casa e no caminho ligava para o hospital para saber os procedimentos.  Mas os planos da minha esposa eram outros. Pegar a estrada rumo a Campina Grande. – “quero ter nossa filha perto da minha mãe”.
Desesperado, argumentei não estar em condições de dirigir. Ela então apontou para Napoleão, que trabalhava comigo à época. – “ele dirige”. Nada adiantou seus apelos quase implorando para dispensá- lo daquela árdua missão.
Deitada no meu colo no banco traseiro, eu falava com sua irmã, que é médica, me prevenindo para um parto de emergência.
Napô, descontraindo a tensão do momento, esboçando um sorriso nervoso, dizia: -“doutor, vi muitas gestantes aportar na capital vindo do interior. Sua filha faz o caminho inverso, sob risco de nascer no Cajá”. Sem desviar atenção da minha esposa, respondia tentando desanuviar os pensamentos: – “sem problemas Napô,  sou fã de tapioca, será cidadã caldas-brandense com orgulho, caso aconteça”.
Aportando em Campina Grande, na porta do hospital, Napoleão sob um excesso de tremedeiras nas mãos, olhou para mim e disse: – “doutor, preciso beber algo para me estabilizar. Por um momento achei que sua filha nasceria às margens da BR 230”.
Instantes depois de chegarmos à Santa Clara, exatamente as 22 h do dia 23 de agosto de 2005, há apenas duas horas do meu próprio aniversário, Deus antecipava meu presente e nascia LUNNA, minha primogênita, linda,, saudável e inteligente, agora toda pomposa por ter adquirido a maioridade.

Você pode gostar também

Sem Comentários

Deixar uma resposta

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.