Na reunião ministerial de 22 de abril, o presidente Jair Bolsonaro teria afirmado que não divulgaria a “porcaria” do exame de COVID-19 por medo de um processo de impeachment. A informação foi divulgada pelo jornalista Fausto Macedo, do jornal O Estado de São Paulo, com base em relatos de fontes que acompanharam a exibição do vídeo, na manhã desta terça-feira.
A íntegra do vídeo segue mantida sob sigilo por determinação do ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal, relator do inquérito que apura as acusações de Sergio Moro de que Bolsonaro tentou interferir politicamente na Polícia Federal.
O Estado de São Paulo havia conseguido na Justiça a obrigatoriedade de exibir os testes de coronavírus, com base na Lei de Acesso à Informação, alegando “cerceamento à população do acesso à informação de interesse público” e “censura à plena liberdade de informação jornalística”. Isso porque o presidente se negou a apresentar os resultados dos exames.
A Presidência da República se recusou a fornecer os dados jornal, afirmando que eles diriam respeito “à intimidade, vida privada, honra e imagem das pessoas, protegidas com restrição de acesso”.
A Justiça Federal determinou, em primeira e segunda instâncias, que o presidente deveria exibir os exames, mas a Advocacia-Geral da União (AGU) conseguiu barrar a divulgação no Superior Tribunal de Justiça (STJ).
O caso ainda aguarda uma decisão do ministro Ricardo Lewandowski, do STF
1 Comentário
Se os resultados deram negativos, como foi divulgado hoje, por qual motivo ele teria receio de sofrer impeachment?
Por ter usado codinomes?
Que estória mais maluca!