Onde esconderam o meu carnaval? Cadê o trombone de Ranegundes, o saxofone do maestro Vilô?
E o folião Mororó a desfilar alegria pelos salões do Astréa ao som de vozes que se perderam na imensidão do espaço!
Era carnaval e a cidade se vestia de cores.
Carros enchiam as ruas, o corso ia e vinha numa animação inocente.
Dali os foliões partiam para o Astréa de Doutor Mororó para brincar e se esquecer do mundo.
O dia raiava por entre as árvores da Bica, mas o frevo não parava.
Meninas lindas e rapazes apaixonados saíam abraçados, dançando e frevando até a Lagoa, de onde seguiam para o descanso momentâneo, que seria interrompido logo mais para a continuação da festa.
Ate que chegasse a quarta-feira de cinzas e transformasse em saudades os amores, os namoros, os pierrôs, as colombinas e as margaridas desfolhadas pelo excesso de frevo e de beijos.
O Astréa fechou antes da pandemia. Parece que adivinhou o que estava por vir.
Será que ressurgirá das cinzas, como fez a Fênix, no ano que vem?
2 Comentários
Um bando de “lisos !!!
“Eu sou apenas um rapaz latinoamericano
sem dinheiro no banco sem parentes
importantes
E vindo do interior ”
Com minha calça boca de sino,
barba por fazer, camisa aberta ,
e um copo na mão.