Por Flávio Lúcio

A Câmara Municipal de João Pessoa aprovou uma moção que, meses atrás, seria impossível em razão do predomínio da bancada que apóia o prefeito Luciano Cartaxo na casa: um Voto de Aplauso ao governador João Azevedo em razão do desempenho obtido pela Paraíba no Ranking de Competitividade dos Estados.
Duas questões merecem um debate mais aprofundado para que fiquem bem esclarecidas, já que esse voto de aplauso não se trata de outra coisa senão de política.
A primeira delas é: o primeiro lugar que a Paraíba conquistou nesse Ranking de Competitividade entre os estados nordestinos não é resultado de uma ação mágica por parte do governo, que, ao colocá-la em ação, produziu resultados instantâneos. Por óbvio, foram necessários anos para que essas conquistas se efetivassem.
Segundo a CLP-Liderança Pública, a organização que é responsável pelos estudos que resultam no ranking, algumas condições são fundamentais para a promoção de mudanças na administração pública brasileira, necessárias para a “construção de um Estado com elevados padrões socioeconômicos se torna mais factível”.
- Líderes públicos empenhados em promover mudanças transformadoras por meio da eficácia da gestão e da melhoria da qualidade das políticas públicas.
- A difícil mobilidade do setor público, mergulhado em burocracias, exige ações enérgicas que, por sua vez, só podem ser tomadas por verdadeiros líderes públicos.
- Falta de uma agenda nacional de desenvolvimento, na grande burocracia e nos projetos sem fim, que tanto marcam a política de infraestrutura nacional.
Portanto, essas mudanças são resultado de um esforço que requer clareza nos objetivos e visão de longo prazo, uma estratégia de desenvolvimento, enfim. E compromisso com a administração e a coisa públicas.
E para compreendermos como a Paraíba alcançou essa posição de destaque, é necessário irmos além da mera exposição do dado.
Sejamos didáticos. Vejam o quadro abaixo. É o Ranking de Competitividade de 2015.
A Paraíba ocupava naquele ano o 21º (vigésimo primeiro lugar) no país e em 6º (sexto lugar) no Nordeste.
Quatro anos depois, entretanto, a Paraíba deu um salto no ranking em termos de Infraestrutura, Sustentabilidade Social, Segurança Pública, Educação, Solidez Fiscal, Eficiência da Máquina Pública, Capital Humano, Sustentabilidade Ambiental, Potencial de Mercado e Inovação, que são os “pilares” analisados para chegar a um número global que sintetiza o desempenho de cada ente federativo.
Ou seja, o responsável por essa mudança tem um nome: Ricardo Vieira Coutinho.
Sem o esforço empreendido durante o governo de RC, a busca incansável para atingir os objetivos traçados, a dedicação à administração pública quase obsessiva, as disputas políticas em várias frentes contra vários tipos de resistência, e uma equipe compacta e disciplinada, certamente nada disso teria sido possível.
Como destaca o CLP-Liderança Pública, é a “atuação contínua de líderes públicos” que se configura no “passo inicial para destravar as agruras da gestão pública nacional”. O que define essas lideranças públicas é o “poder de tomar decisões” e a capacidade de “mobilizar a sociedade em prol de uma agenda positiva para o País”.
Pois bem. Foi por isso que a Ricardo Coutinhoque a Câmara de João Pessoa na verdade homenageou quando aprovou um voto de aplauso, hoje (23/10).
A segunda questão levantada no início do texto emerge agora sem muito esforço explicativo: por que a bancada que apóia o prefeito Luciano Cartaxo faz essa mesura política com João Azevedo e jamais fez a Ricardo Coutinho
2 Comentários
Rc deu as bases em todos os setores desse estado. João não é magico. Esses politicos que tentam convencer que a situação de nosso Estado é obra de Joao, são uma vergonha (querem enganar o povo). Pensam que estão enganando quem????? Não somos bobos, respeitem nossa inteligencia .
Ta muito longe de aparecer um político da estirpe de RC. O Mago é foda, tem brilho proprio e nunca se apossou da obra de ninguem.