Camará volta para calar “as aves de mau agouro que ficam atacando quem faz alguma coisa”

O domingo termina com a boa notícia: a água das chuvas chega à Nova Camará.

Nova Camará reconstruída por Ricardo Coutinho e reinaugurada em setembro de 2017, para nunca mais arrombar.

Mas vale a pena relembrar o passado, para que ele, o passado, não volte pelas mãos dos que acreditam na falta de memória do povo.

Inaugurada em 2002, foi construída em concreto rolado no leito do rio Riachão (afluente do Rio Mamanguape). O Riachão serve de divisa entre os municípios de Alagoa Nova e Areia – PB. Camará está inserida no vale do rio, balizada pelos sítios Bálsamo, Engenho São Luíz e Sítio Pedra D’água.

Na noite de 17 de junho de 2004 a barragem rompeu após uma falha de construção, atingindo parte dos territórios e moradores dos municípios de Alagoa Nova, Areia e os sítios urbanos das cidades de Alagoa Grande e Mulungu, onde o desastre assumiu maior dimensão.

Construída por José Maranhão, a barragem rompeu no Governo de Cássio Cunha Lima.

Na época do rompimento, o deputado Tião Gomes disse que o então governador Cássio Cunha Lima festejou a tragédia, exclamando para ele, pelo telefone: “Agora eu lasco Zé Maranhão”.

Em 2016 as obras de reconstrução da Barragem de Camará foram, sob a responsabilidade do Governo do Estado da Paraíba, no segundo mandato do Governador Ricardo Coutinho, efetuadas.

O governador Ricardo Coutinho inaugurou a obra da Barragem Nova Camará, em Alagoa Nova, na segunda feira dia 26 de setembro de 2017, beneficiando aproximadamente 225 mil habitantes de mais de 20 municípios paraibanos, que sofreram com o rompimento da antiga barragem em 2004, quando mais de 800 famílias ficaram desabrigadas, quatro pessoas mortas e cidades destruídas.

Hoje ela recebe água de novo, água que vem para ficar. E com a chegada da água, se perpetua a frase do morador da região, que ao ver a redenção de volta, não se conteve e condenou “as aves de mau agouro que ficam atacando quem faz alguma coisa”.