Cardoso não era estrela, não frequentava os almoços “simidão” nos restaurantes chiques, vivia ausente dos plenários e dos tradicionais afagos de políticos e intelectuais em ambientes 5 estrelas, preferia a bodega da ponta de rua, a conversa animada com umas lapadas de cana e tira-gosto de tripa, por isso o silêncio, a ausência de uma notinha sequer, uma simples menção num rodapé de página.
Mas era um grande repórter, que conheci desde a sua chegada em A União, eu já puta velha no jornalismo e ele dando avisos de que seria um competente fazedor de notícias.
O tempo passou, Cardoso também, hoje se tornou passado, morreu em silêncio. Um silêncio que, parece, contaminou blogs e portais, que não se dignaram a lhe prestar uma derradeira homenagem.
Mais um que se vai.
1 Comentário
CREIO QUE ELE DISPENSARIA QUALQUER MERAMENTE PROTOCOLAR “DEPUTADO FULANO DE TAL LAMENTA O FALECIMENTO DO JORNALISTA”. VIVEU COMO QUIS E SEM TER NECESSIDADE DE AFAGOS FINGIDOS OU FURUCUTEIOS DE MESMA QUALIDADE. O NOME DISSO É SER LIVRE NA MEDIDA EM QUE NÃO NECESSITA DE RELACIONAMENTOS PARA MERAS EXIBIÇÕES E NEM DE NOMES “ILUSTRES” PARA AFIRMAR DO SEU CÍRCULO DE CONVIVÊNCIA FOTOGRÁFICA QUE, FORA DOS SALÕES DAS HORAS PERDIDAS E FOFOCAS, NÃO TÊM VALOR ALGUM.
CONDOLÊNCIAS AOS FAMILIARES E AMIGOS.