Cícero dá de goleada na administração da vacina contra Covid em João Pessoa

O receio que dá nesse show que Cícero Lucena e seu sisudo secretário de saúde estão dando na administração da vacina em João Pessoa é a ciumeira que isso pode causar.

Tem gente que não gosta de ver o sucesso do próximo.

Fica remoendo o ciúme, o rói rói descendo do estômago para as tripas e de lá para o nó da goela, até pipocar e sairem os impropérios comuns aos insatisfeitos.

Juro que critiquei a desorganização das filas de acesso ao Drive Thru do Santuário Mãe Rainha. Não havia guarda para indicar onde a fila começava e onde terminava e  gerou a maior bagunça. Some-se a isso o desconforto enfrentado pelos idosos com as bexigas cheias de mijo, sem terem onde depositar os excessos.

Mas quando cheguei junto as equipes da Prefeitura encarregadas de aplicar a vacina, fiquei de queixo caído e dei a mão à palmatória. Tudo ligeiro e organizado, tudo nos trinkes, primeiro vinha a mocinha com a prancheta para anotar o nome do paciente e verificar a documentação, em seguida era ordenado o acesso a vacina propriamente dita, a enfermeira que aplicava a dose primeiro mostrava a seringa na embalagem, depois o frasco com a vacina, fazia questão de tirar a dose a ser aplicada sob as vistas do paciente, também pedia para ele olhar a agulha entrando e o líquido idem e, ao final, ainda exibia a seringa vazia para comprovar que o líquido tinha ficado lá dentro do corpo do vacinado. E nem bem terminava a aplicação, imediatamente chegava a primeira atendente com o cartão de vacina preenchido e a indicação da data para a segunda dose.

Gostei também de saber que o prefeito, atendendo a um apelo do advogado Marcos Pires, mandou instalar banheiros químicos ao longo da avenida por onde passa a fila, de modo que ninguém, a partir daí, pelo menos eu suponho, vai ficar sem mijar.

Mas pedir não arranca pedaço. E eu peço ao prefeito que determine aos guardas uma sinalização mostrando aos pacientes o itinerário das filas. Se fizer isso, aí pronto, terá aplicado uma goleada no Covid maior do que aquela da Alemanha sobre o Brasil.