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Comandados de Bolsonaro planejavam enforcar Alexandre de Moraes na Praça dos Três Poderes

4 de janeiro de 2024

Li em O Globo desta quinta-feira e transcrevo aqui  sem esconder o espanto: os ” patriotas ” de Jair Bolsonaro  pretendiam prender o ministro Alexandre de Moraes  e enforca-lo na Praça dos Três Poderes.  E não  é boato. O próprio ministro  revelou o plano sinistro, que daria certo se o golpe de 8 de Janeiro tivesse prosperado. Leia  na íntegra  a revelação do ministro:

Eram três planos. O primeiro previa que as Forças Especiais (do Exército) me prenderiam em um domingo e me levariam para Goiânia. No segundo, se livrariam do corpo no meio do caminho para Goiânia. Aí, não seria propriamente uma prisão, mas um homicídio. E o terceiro, de uns mais exaltados, defendia que, após o golpe, eu deveria ser preso e enforcado na Praça dos Três Poderes. Para sentir o nível de agressividade e ódio dessas pessoas, que não sabem diferenciar a pessoa física da instituição”, revelou Alexandre de Moraes.

Ele contou que houve uma tentativa de levar a diante o planejamento com a participação de agentes do governo. “Inclusive, e há outro inquérito que investiga isso, com participação da Abin, que monitorava os meus passos para quando houvesse necessidade de realizar essa prisão. Tirando um exagero ou outro, era algo que eu já esperava. Não poderia esperar de golpistas criminosos que não tivessem pretendendo algo nesse sentido. Mantive a tranquilidade. Tenho muito processo para perder tempo com isso. E nada disso ocorreu, então está tudo bem”, acrescentou.

Moraes estava em Brasília no momento dos ataques e mantém, segundo ele, a mesma estrutura de segurança desde 2014. Revelou que os ataques contra ele continuam, inclusive com ameaças de ataques contra as filhas. Neste momento, ele classifica os ataques de misóginos e covardes. “Esses golpistas são extremamente corajosos virtualmente e muito covardes pessoalmente”, disse.

Na entrevista, Moraes também considera que tomou três decisões essenciais: “as prisões do então secretário (Anderson Torres) e do comandante geral da Polícia Militar (Fábio Augusto Vieira), para evitar efeito dominó em outros estados. Eu me certifiquei que as demais polícias militares estavam tranquilas, mas não podíamos arriscar. Ao mesmo tempo, o afastamento do governador (Ibaneis Rocha), para evitar que pudesse ocorrer algo extremista em outros estados, eventualmente outro governador apoiar movimento golpista. E a determinação de prisão em flagrante imediata de quem permanecesse em frente a quartéis pedindo golpe”.

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