Era uma vez um clube que tinha um hino e, mais que um hino, uma declaração de amor capaz de sobreviver ao tempo.
O Clube se chamava Astrea, o hino fazia apologia ao seu carnaval que somente acabava nas manhãs da quarta-feira de cinzas e tanto o clube quanto o hino, que um dia o tempo levou, se eternizaram na lembrança de quantos passaram pelos seus salões, neles dançaram, amaram e desfizeram amores.
Um clube que era a cara de doutor Mororó, seu presidente, igualmente eterno, embora sumido.
Pedro Macedo Marinho encontrou o hino nos alfarrábios do passado. E mais do que isso: reencontrou os foliões enchendo os salões do clube em meio ao frevo que entoava o “A S T R E A”, como a dizer que, mesmo depois da indiferença daqueles que sepultaram o Astrea e sua história, o baque do surdo, o som do trombone de Ranegundes e as vozes dos foliões hão de mantê-lo vivo, senão entre as paredes que viraram ruinas, com certeza dentro daquele vão do peito onde se abriga a saudade.
4 Comentários
Parabéns caro Tião pela publicação e pelo vídeo com o consagrado e inesquecível Hino do Astrea, cujas festas carnavalescas marcaram várias gerações. Ainda jovem lembro de todos os eventos do mais querido clube daquela época e também do presidente Dr. Mororo , que construiu o ginásio ali existente. Velhos tempos, belos dias.
Dr. Mororó faleceu Sebastião, há uns 03 anos!
O ginásio do Astréa foi construído por José Américo Filho, então presidente. Acompanhei a construção.
Outros tempos, outros carnavais. Não tive a oportunidade de conhecer o Carnaval no Astrea, uma pena que a minha geração não teve a oportunidade de conhecer. O que restou foi o pré~carnaval para deixar os foliões livres para ir a Olinda e alhures.