Marcos Pires
Faz tempo que ninguém dá notícia do aparecimento de discos voadores, me cobrou o leitor na fila do supermercado. Por acaso eu teria alguma novidade sobre o assunto? Não, infelizmente não. Novidades nesse setor por aqui só os ETs da política. Na verdade, nunca vi um disco voador, mas o leitor tinha razão. Parece até que os discos voadores saíram da moda.
E como meus leitores sabem que adoro conversar com eles, o meu colega de fila de supermercado propôs outra questão, essa verdadeiramente instigante. “- Ô jornalista, me diga uma coisa; se aparecer um disco voador e os ETs me pedirem para leva-los ao nosso líder, a quem o senhor acha que devo me dirigir? Eu penso que não deveria ser ao Presidente Temer, porque esse não lidera nada, está em fim de governo e a conversa que se ouve é que será preso no ano que vem. Pensei em levar os ETs para serem apresentados ao próximo presidente, mas como não sei quem será eleito acho que deveria começar pelo ex Presidente Lula, só que tenho dúvida se a Juíza do Paraná permitiria…é bem capaz que sim, né? Já deixou tanta gente entrar naquela carceragem! Me guiando pelas pesquisas acho que eles deveriam visitar também o capitão Bolsonaro, mas aí pode ser que o homem se esprite e queira enquadrar os espaciais. Com Ciro Gomes não seria muito diferente…eita homem bruto! O certo mesmo seria levar os ETs para conversarem com Marina. Eu acho que eles têm uma certa conexão. O que o senhor acha, escritor? ”
Eu? Eu acho é graça.
Saí do supermercado e fui pesquisar o assunto. Descobri que a partir de 1990 a Paraíba foi prodiga no avistamento (é o termo técnico) de OVNIs, principalmente nas cidades de Pilõezinhos, Jacaraú e Bayeux. Descobri que em quase todos os casos os discos voadores pretendiam sugar os seus avistadores através de feixes de luz, mas sempre eram detidos porque os paraibanos intuitivamente descobriram formas de defesa que iam da abertura do guarda-chuva à proteção da copa de arvores. Cá comigo pensei: “- Como devem ser burros esses ETs. Afinal, desenvolvem altíssima tecnologia que permite atravessar galáxias e não sabem como fechar um guarda-chuva”.
Mas por que essa preferência dos discos voadores pela Paraíba? Um amigo campinense deu a dica: “- Marcão, se um disco voador quebrar e precisar trocar o carburador, onde é que você acha que eles vão procurar especialistas em conserto de disco voador ?”.
Sou fã número um da inventividade dos irmãos de Campina Grande.
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