Coração mata Vital Farias

O ano começou ruim e está piorando, como pior ficou hoje com a morte de Vital Farias, o vate cantador que encantou o mundo com a sua Saga da Amazonia e depois de percorrer Oropa, França e Bahia, voltou à terrinha, sentou praça no bairro do Róger e decidiu aqui viver até  que a morte o levasse. Ela o levou hoje e o levou pelo coração através de um mal súbito denominado “choque cardiogênico”. Vital morreu no Hospital Metropolitano de Santa Rita e ainda não se sabe informações sobre velório e enterro.

Vital Farias nasceu no sítio Pedra d’Água, no município de Taperoá, Paraíba. Caçula de 14 irmãos, foi alfabetizado pelas irmãs e viveu na cidade natal até concluir o curso ginasial. Aos 18 anos, mudou-se para João Pessoa, onde serviu no 15º Regimento de Infantaria e, posteriormente, continuou seus estudos no Lyceu Paraibano. Durante esse período, começou a aprender violão de forma autodidata e, mais tarde, tornou-se professor de violão e teoria musical no Conservatório de Música da capital paraibana.

Em 1975, Vital mudou-se para o Rio de Janeiro, onde participou de diversos eventos artísticos, incluindo a peça “Gota d’Água”, de Chico Buarque. Em 1976, ingressou na Faculdade de Música e concluiu sua formação em 1981. Sua primeira composição gravada foi “Ê mãe”, em parceria com Livardo Alves, interpretada por Ari Toledo. Em 1978, lançou seu primeiro álbum, “Vital Farias”, seguido por “Taperoá”, em 1980.