Quando eu era menino lá no sertão costumava ouvir dos meus colegas de infância que quem insistia em entrar, permanecer ou ficar num local sem convite, estava querendo entrar no céu apulso.
Os mais velhos, por seu turno, contavam a história do cururu teitêi, bicho feio, gorducho, de volumosas papadas, comedor de besouro e dono de uma cagada monumental, que, por causa do seu aspecto repulsivo, era expulso dos ambientes sociais aos chutes e tangidos pela vassoura.
Pois esse cururu, mesmo expulso e enxotado, voltava, forçava a barra, queria entrar e ficar.
As coisas mudaram muito daquele tempo pra cá, mas os personagens, apesar de sofisticados, continuam os mesmos.
Tem sempre alguém querendo entrar no céu apulso e de vez em quando aparece um cururu teitêi forçando a entrada nos ambientes que lhes são hostis.
Para esses, só um remédio: pasta de pimenta malagueta nas costas.
O ardor é tão grande que o bicho pega a reta.
1 Comentário
O CURURU – O VERDADEIRO, AQUELE QUE “NÃO TEM RABO NEM PESCOÇO E TEM CORAGEM DE ANDAR PELADO – ACHO-O ANIMAL SIMPÁTICO E ÚTIL À NATUREZA – ASQUEROSOS SÃO OS SAPOS QUE ANDAM EM DUAS PATAS, QUE SÃO INÚTEIS E NEFASTOS. LÁ EM ROMA , BANANEIRAS, TEM UMA SENHORA QUE POSSUI UM CURURU DE ESTIMAÇÃO, CHAMADO LEÔNIDAS, SEGUNDO INFORMAÇÃO DO JORNALISTA HERALDO LUÍS.