O Astréa brigava com o Cabo Branco , os dois querendo a todo custo realizar o melhor carnaval. O do Astréa era mais povão, o do Cabo Branco, mais chique. Talvez por isso eu preferisse o Astréa, pelo cheiro de povo e pela simpatia de Doutor Mororó, o eterno presidente, uma espécie de pai dos foliões mais afoitos que avançavam o sinal e eram repreendidos severamente pelo bom velhinho.
Eu cobria o carnaval do Astréa para o Jornal A União. Daí a farda que envergo na foto, ao lado do amigo Augusto Toscano, hoje sumido da mídia, mas na época um folião dos mais animados.
A festa do Astréa começava no sábado e só terminava na quarta-feira, com o povo frevando no meio da rua ao som da orquestra. Só parava na Lagoa, onde todos se dispersavam em busca do sono da triste quarta-feira de cinzas.
Foi no Astréa, num desses carnavais, que apareceu um menino fazendo acrobacias com o trombone. Mais tarde esse menino ficou conhecido como Ranegundes Feitosa.
1 Comentário
Me lembro bem, eu era sócio fundador ou seja entrava pelos fundos pulando o muro e apelando nunca cair nos pés de um segurança. Tempos bons que não voltam mais