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Da nova série do Blog “Heróis que o tempo esqueceu”: Ciço de Adauto, o Estrelinha!

19 de setembro de 2018

Ele era um doce de pessoa. Até no contar de suas proezas, era um doce.

Dom Quixote  no mais singelo dos modelos.

Valentia era só quem tinha a mostrar. Chegava-se para o desconhecido e exibia a sua famosa coragem suicida, dizendo que era matador de gente desde menino. E para provar, puxava do bolso uma bala velha e vencida de revólver 38, através da qual demonstrava que com ele o buraco era mais embaixo.

Membro da ilustre família Duarte de Princesa, Cíço de Adauto preferia esconder o sobrenome nobre, trocava-o pelo apelido de Estrelinha, e como Estrelinha era chamado nas esquinas, nas bibocas, nos clubes e na igreja. E sempre atendia com aquele converseiro comprido cheio de epopéias e conquistas heróicas nos campos de batalha.

O céu o chamou cedo, certamente porque Deus sabia que  seres superiores como Estrelinha não tinham mais nada a provar no planeta terra. Partiu para comandar outros mundos e outros exércitos no mundo encantado do firmamento.

E ficaram a lembrança e a saudade dessa figura inoxidável.

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