O verdadeiro radialista, é assim que o chamamos. Cardivando é um dos últimos representantes do radialismo puro, profissional. O radialismo que respeita o ouvinte e não é usado pelo profissional para a satisfação pessoal/financeira do apresentador.
Fui seu contemporâneo na Arapuan antiga, a famosa AM de Otinaldo, Silvio Carlos, Ivan de Oliveira, Dorgival Barbosa e Antonio Malvino. E acho incrível como ele se mantém fiel às origens, sem tirar ou acrescentar qualquer coisa. Quem o ouve agora nas manhãs da Sanhauá, tem a sensação de que está na década de 70 movendo o dial do rádio para aumentar o volume e escutar Cardivando de Oliveira dando as notícias do dia.
Morador fiel do Bairro da Torre, torcedor fanático do Botafogo, Cardivando já chegou a ser político, mas nenhuma outra profissão foi capaz de roubá-lo do jornalismo radiofônico.
Por isso merece o nosso respeito e o nosso reconhecimento.
6 Comentários
Parabéns ao radialista CARDIVANDO DE OLIVEIRA, não o conheço pessoalmente, mas sou seu ouvinte assiduo deste os tempos da arapuam am e depoos na sanhauá.
Coitado de Cardivando. Teve tudo para crescer na profissão, pois, sob a regência de Otinaldo Lourenço, teve grandes oportunidades. mas, não estudou. Não podia avançar porque sequer concluiu o curso ginasial. Hoje, aos 72 anos de idade, continúa sem conteúdo, sem mais oportunidade, mergulha na curva decrescente da profissão, soprando um microfone de uma emissora obsoleta, falida e sem audiência.
Tião de Deus. Lembro de Cardivando desde os tempos de menino, quando íamos tomar banho no paúl do rio Jaguaribe, onde hoje está localizada a Favela São Rafael. Anos depois, vi Cardí na Difusora de Zé Faustino, na Torre. Sei que ele entrou na antiga rádio Arapuan quando aquela emissora funcionava na Rua Duque de Caxias em 1965. Agora, vendo a foto do criador do jargão “ tu cai daí”,
posso assegurar que o tempo passou rápido. E meu conterrâneo da Torre, da Rua Santa Júlia também envelheceu e ficou careca. Fui informado que também não casou. É um rapaizão. Abraços de José Gomes. Patos, 10/01/2020.
CARDI faz parte da história do rádio paraibano.
Esse senhor de nome estranho e incomum – Cardivando – passou pela vida sem sentir o prazer de trabalhar numa grande emissora. Sua vida inteira foi dedicada a duas emissoras de João Pessoa, Arapuan e Sanhauá. Nunca ocupou o microfone em programas jornalísticos. Passou a vida inteira na mesmice. Medroso e sem opinião própria, passa duas horas e meia, todo dia, apenas dizendo: alô, alô e alô. E o pior, o “último dos moicanos”, é terminantemente contra as emissoras de frequência FM, talvez porque nunca teve oportunidade de trabalhar em uma delas. Vive em sono eterno.
Cardivando é muito orgulhoso. Não dá um bom dia a ninguém da rua onde reside. Se acha muito importante. É pobre de Jó, igual aos seus vizinhos mas se acha as pregas de Kelé.