Ela se vestia com simplicidade, não usava maquiagem e quem a visse, jamais imaginaria que estava diante de uma escritora talentosa, poetisa destacada e jornalista de mão cheia.
Maria José Limeira gostava de ser simples. Tanto gostava que viveu a vida inteira numa casa modesta do Conjunto Costa e Silva.
Trabalhei sob suas ordens no Correio da Paraíba. Ela editora e eu repórter de política .
Era uma chefe que se impunha sem arrogância.
Aos seus pupilos, orientava como se fosse uma professora tratando com os alunos na sala de aula.
E tinha tudo para se sentir importante.
Escreveu livros. Incontáveis. “Aldeia virgem além”, “O lado escuro do espelho”, “Olho no vidro”, “Luva no grito”, “Contos da escuridão”, “Todos os seres” e “Crônicas do amanhecer”.
Em 64, foi presa pela repressão e se auto exilou no Rio e em São Paulo. Retornou à Paraíba em 1970, quando ingressou no jornalismo. Seu primeiro jornal foi O Momento, que ajudou a fundar com Jório Machado.
Morreu em 2012, numa segunda-feira, pelas 22 horas, no Hospital Memorial São Francisco, de insuficiência respiratória.
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