Nesse tempo, que já faz tempo, ele ainda não era o famoso Lingua de Tesoura que é hoje.
Recém chegado de Serraria, Wellington Farias entrou na imprensa pela porta da Rádio Tabajara, começou de baixo e chegou onde chegou com muita luta.
Nós, que o conhecemos de perto, sabemos como foi dura a luta dele para vencer obstáculos tidos como intransponíveis e chegar à estabilidade madura e tranquila.
Naquele tempo era repórter de rua. Colhia o que encontrava pela frente e transformava tudo em notícias que o povo consumia como se estivesse comendo a rabada com macaxeira de Noé do Cordão Encarnado.
Nosso conhecimento se deu durante inusitado acontecimento. Estávamos na redação de A União quando o menino raquítico e esbaforido chegou correndo e dizendo que fugira da ira do diretor da Tabajara, que tentara agredi-lo após ouvir uma malcriação.
O diretor era Carlos Aranha, mais magro e mais raquítico do que a suposta vítima.
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