Fomos parceiros na velha Arapuan da Lagoa, depois nos tornamos parceiros de piadas e de causos em quatro livros que juntos lançamos. Nossa convivência vem de tempos imemoriais. Antonio Malvino, sertanejo de Sousa, representa um rádio jornalismo praticamente extinto, aquele rádio jornalismo elegante, sem partido, sem paixões, absolutamente isento.
Um espetacular contador de causos. Certa vez, num vôo para Brasília, quase entorta o avião da Varig ao juntar, em torno de si, praticamente toda a lotação do avião. Contava causos de políticos e os políticos que não eram da Paraíba riam às gargalhadas ao lado dos políticos paraibanos.
Num tempo em que Luiz Otávio era o senhor absoluto da audiência radiofônica, ele e Maurílio Batista fizeram o contraponto na Rádio Sanhauá, apresentando o Debate Sem Censura. Luiz afagava o ego do Governo e Malvino tirava a roupa do governante, deixando-o nu com a mão no bolso. E a velha AM de Wilson Braga chegava a incomodar, graças a coragem desse sertanejo bom de briga.
4 Comentários
Vixe,ele morreu?
Morreu não. Está vivo e forte. Esse sim, é um radialista completo, corajoso, analista político, com opiniões próprias. E não o outro que Tião apelidou “o último dos mlicanos”. Malvino é tampa de crush.
Ôxi, Cardivândo é muito melhor. Malvino foi estagiário do velho Cardy. Uma fonte me falou que o Cardivando vai ser contratado pela TV Master para substituir o Padre. Quem me disse foi Tião.
Aí dento!