O amor é lindro

De investidor a ladrão de puta

20 de setembro de 2021

  • Miguel Lucena
  • Nicanor começou a desandar em 2009, quando pegou o carro da namorada, no Paranoá, e vendeu para Sinésio, da Vila Basevi, em Sobradinho 2, sem ter procuração, e prometeu fazer a transferência 30 dias depois. Perdeu a namorada e passou a ser procurado pelo comprador, por isso ficou uns tempos escondido em Cocalzinho, Goiás, e retornou a Brasília para morar no Riacho Fundo 2.
    Vivia de bicos e pequenos golpes. Bom de conversa, conquistou a morena Sônia, do Recanto das Emas, que lhe dava do bom e do melhor. A desgraça foi ela confiar demais nele, fornecendo-lhe a senha da conta bancária e do cartão.
    Nicanor dizia a Sônia que, apesar dos problemas financeiros que o afligiam, tinha experiência em aplicações. Faria o dinheiro dela render o dobro ou triplo.
    Ele investiu em pirâmide, criptomoedas e raspadinha, comprou avestruz master, abriu uma banca de vender calcinhas e, no final, tudo deu errado.
    Quando Sônia percebeu, Nicanor havia dado um rombo impagável em suas contas. Desconsolada, mandou o amado embora só com a roupa do corpo e uma mala de couro cru.
    Na última sexta-feira, um policial telefonou para Sônia informando que Nicanor fez um programa com uma prostituta e, em vez de pagar, furtou o dinheiro que estava no bolso da bunda da bermuda dela. Foi preso em flagrante e, na delegacia, passou o telefone de Sônia como única pessoa da família a quem ele gostaria de comunicar a sua prisão.
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