opinião

De Samuel Duarte a Hugo Mota 

1 de dezembro de 2024

Josinato Gomes
            A Paraíba não deve se queixar de menor visibilidade no cenário político nacional, a despeito de certo desprestígio que tem de certa forma entravado a marcha de seu múltiplo desenvolvimento. Quero apenas ater-me, nessa aligeirada e despretensiosa  análise, ao terreno estritamente político-parlamentar, sem descambar para as outras instituições de Estado.
             E pretendo destacar, com maior ênfase, umas das quadras mais recentes de nossa trepidante história republicana, excetuando o período sombrio e ominoso dos ciclos militares, qual seja, a que se inicia com a redemocratização de 46, e que perdura até os dias atuais, como um sol luminoso a raiar pelo céu de nossa aínda juvenil democracia.
              Foi nesse ínterim em que nossa Pequenina assomou ao pináculo glorioso de nosso Congresso Nacional, arrostando, com denodo e acendrado espírito público, leoninas representações de nossa prolifera selva política.
               Tudo começou com a ascensão de Samuel Duarte, jornalista, escritor e jurista, natural de Alagoa Nova, que assumiu a presidência da Câmara dos Deputados entre 47 e 48; em seguida, veio Humberto Lucena, advogado, escritor e poeta, que, por duas vezes, consecutivamente, presidiu o Congresso Nacional (Senado e Câmara), para, logo após e interinamente, chegar a vez do professor e engenheiro civil, natural de Santa Luzia, Efraim Morais, que assumiu o comando da Câmara em lugar de Aécio Neves, que renunciou ao cargo para disputar o governo de Minas Gerais. (E, nessa circunstância, coube a Efraim dar posse a Luíz Inácio Lula da Silva, na presidência da República).Longo salto adiante, e trabalha-se, entre este final de 2024 e início de 2025, a candidatura do jovem e não menos talentoso deputado Hugo Mota, médico e natural da cidade de Patos, à sucessão de Arthur Lira na presidência da Câmara, para mais uma vez exalçar-se Paraíba na pole position das mais graves e fascinantes decisões  do poder constitucional do Brasil.

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1 Comentário

  • Reply José 1 de dezembro de 2024 at 11:31

    Aécio renunciou para assumir o governo de Minas Gerais. Parlamentares podem se candidatar a cargos no executivo sem precisar renunciar ao mandato.

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