Por: Aldo Ribeiro – Economista e progressista
Haters a grosso modo, significa odiadores. Pessoas que perdem seu precioso tempo na internet pra destilar ódio, tecer críticas sem muito critério e apontar o dedo ainda que tenha rabo preso ou conteúdo algum pra “cornetar” páginas alheias.
Percebam que no primeiro parágrafo desse texto, falo dos haters das redes, mas bem que caberia à alguns dos pretensos candidatos à prefeitura de João Pessoa. São despreparados, sem educação e cuspidores de ódio. O que vimos no debate ocorrido na rádio Arapuã, foi uma triste página da política paraibana, e que escancara a fratura intelectual dos políticos dos dias de hoje.
Aliás, se faz necessário de uma forma geral uma reflexão dos veículos de comunicação tradicionais, no que diz respeito ao modelo dos debates. São muitos candidatos, que muitas vezes aguardam 40, 50 minutos pra falar por 3 ou 4 minutos, na maioria das vezes pra se defender de algum impropério ou pra tentar lacrar, como dizem por aí, somente pra constranger seu opositor. Em suma, foi isso que vimos no debate citado acima.
Muito mais produtivo pra o eleitor médio, é uma sabatina com apenas um candidato, no qual o mesmo possa apresentar suas propostas e se defender de possíveis acusações. Sem açodamento. E aí sim, o eleitor pode avaliar e tomar sua decisão de voto.
Me questionam se RC está com medo de ir aos debates. Eu rebato prontamente, perguntando pra quê? Pra participar daquele circo que foi o ocorrido no início da semana? E outra, Ricardo com medo? O simples fato de RC se apresentar como candidato, por si só já caracteriza-se um ato de extrema coragem, face o bombardeio da grande maioria dos grandes sistemas de comunicação do estado. Diga-se de passagem, sem provas. Mais ainda: a denúncia referente a operação calvário sequer foi aceita. Quem julgou o ex-governador foi a grande imprensa, salvo algumas exceções. Então pra quê RC ir aos debates na casa justamente daqueles que tentam destruir sua reputação? Pra quê RC ir por exemplo ao Sistema Correio, se temos um apresentador da rádio Correio, que é marqueteiro de Cícero Lucena? Caros, percebam a imoralidade e a desfaçatez disso. É a banalização do absurdo. Existem sistemas de comunicação no estado, que desde sempre são antipáticos as gestões de RC. Cabe a pergunta: porque? Quais interesses desses barões, que RC interfere ou atrapalha? Daqui há alguns dias, sairá uma pesquisa de intenção de voto. Alguém aqui ainda acredita em pesquisas na PB, sobretudo quando o ex-governador está no páreo? São perguntas que precisam ser feitas, não pra obter respostas, mas pra refletir sobre o todo da coisa, entende?
Quanto aos debates, não tenho dúvida alguma que RC irá participar quando achar que deve participar. A verdade, doa a quem doer, é que Ricardo tornou-se grande demais pra participar de debates em que os ataques passam a ser a pauta, colocando à margem os grandes temas.
Óbvio que em alguns momentos a temperatura sobe e uma pitada de acidez nesses debates se faz necessário. Mas deixar de lado as propostas pra se utilizar permanentemente desse tipo de subterfúgio, é um desrespeito à quem assiste ou escuta. Insisto, é hora de dos veículos de comunicação, reavaliarem os modelos de debate. Foi no afã de ganhar audiência em cima de rinhas e polêmicas vazias, que elegemos um presidente inepto e absolutamente despreparado. E sim, a grande imprensa tem uma parcela altíssima de culpa.
“Querem sangue querem lama, querem à força o beijo na lona…e querem ao vivo!” (Freud Flinstitone – H. Gessinger)
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Sem o jornal, o Sistema Correio é tão irrelevante quanto o que sobrou dos Diários Associados na Paraíba após o fechamento d’ O Norte e do Diário da Borborema. A Rede Paraíba só é relevante porque é o grupo de comunicação do Estado que ainda produz conteúdo, o resto vive de ‘copiar e colar’ matéria de assessoria de imprensa e do G1 da Rede Paraíba/Globo.