Não se trata de condenar alguém que não mereceu a confiança depositada pelo eleitor, tampouco eleger outro para se vingar da decepção.
Não é isso.
O eleitor entendeu que passou o tempo da enganação, da mentira, da esperteza, do oportunismo político, do discurso que muda ao sabor do vento, da incoerência desmedida.
O apelo patético do parente a defender os laços familiares é até compreensível, mas assuntos de família devem ser tratados na vara que cuida de inventários. A política não pode ser confundida com propriedade privada, embora muitos a utilizem para se dar bem.
Os paraibanos estão cansados de ser usados. Não aguentam mais os discursos poéticos que escondem segundas intenções. Não suportam mais ver seu voto transformado em empregos para parentes, para apaniguados e assemelhados. Não desejam ver suas consciências transformadas em trampolins utilizados por meia dúzia de espertos demais.
Eu sou eleitor. Aliás, eleitor das antigas.
Conheci políticos que honravam a palavra empenhada. Políticos que nem assinavam papéis para se fazerem acreditados.
Ao longo do tempo, também conheci políticos que pulavam de galho em galho de acordo com suas conveniências.
Aprendi a identificá-los e a não votar neles.
Político que abandona o candidato do partido e adere ao candidato do outro partido às vésperas da eleição, somente porque o outro candidato está na vantagem, é político que merece uma camada de inseticida no focinho para sumir do mapa e deixar de contaminar o ambiente.
Eu tenho candidatos e deles não me envergonho.
Eles são as opções que se apresentam para não permitir que a Paraíba volte a um passado que deseja sepultar.
Vou de João, de Vené e de Luiz Couto.
E quem for comigo, garanto que não vai se arrepender.
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