Eduardo Lucizano, do UOL |
Reportagem do UOL desta sexta (26) mostra que delações de executivos das empreiteiras Odebrecht e Andrade Gutierrez investigadas na Justiça Eleitoral, no TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) e pelas forças-tarefa da Operação Lava Jato em São Paulo e Curitiba apontam que o senador José Serra e outros políticos do PSDB paulista, além de operadores ligados ao grupo, cobraram ao menos R$ 97,2 milhões em propinas ao longo de oito anos.
Serra teria, segundo delatores, sido o maior beneficiado no esquema, tendo recebido no mínimo R$ 39,1 milhões para caixa 2 de diferentes campanhas suas. O dinheiro teria sido obtido por meio de contratos de obras de infraestrutura do governo do estado. Serra governou o estado de 2007 a 2010. Além do senador, são citados nas delações o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP), o ex-senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) e ainda Gilberto Kassab (ex-DEM, hoje PSD-SP), ex-prefeito de SP. O UOL teve acesso a oito processos de improbidade administrativa que correm no TJ-SP contra Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto, ex-diretor da Dersa (empresa estatal responsável pelas rodovias paulistas). Ele é apontado pela Lava Jato como operador do PSDB. |
1 Comentário
Seria muito bom se o Serra contasse qual a origem do dinheiro gasto com a reforma
de certo apartamento na Europa, ocupado, então, por uma jornalista da Globo e
seu filho, supostamente fruto da relação dela com um tucano de penas graúdas.
A própria jornalista já afirmou, várias vezes por sinal, que o encarregado de
gerenciar a reforma era o Sr. Serra. Segundo ela, caberia a ele o pagamento de
todas as despesas da obra.
Qualquer semelhança com o Coronel Lima e a reforma da casa da filha do Temer,
será mera coincidência?