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Desembargador que ganha quase R$ 40 mil mantém empregada surda e muda em regime de escravidão

9 de junho de 2023

Investigado por manter uma empregada doméstica em regime análogo ao escravo há pelo menos duas décadas, o desembargador Jorge Luiz de Borba, do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJ-SC), ganha cerca de R$ 37,5 mil por mês.

Ao longo de 2022, ele recebeu R$ 461 mil, sem contar vantagens que não entram na remuneração regular mensal. Os dados estão disponíveis no Portal da Transparência.

A Polícia Federal resgatou a funcionária na última terça-feira, 6, quando também fez buscas na casa do desembargador. A mulher é surda e muda e, segundo o Ministério Público do Trabalho, não recebia salário.

Testemunhas ouvidas na investigação relataram que a empregada era vítima de maus tratos e submetida a jornadas exaustivas e condições degradantes.

Jorge Luiz de Borba é desembargador há 15 anos. Antes de entrar para a magistratura, foi advogado por quase 30 anos e presidente da subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Blumenau.

Com a repercussão da operação, ele divulgou uma nota em que afirma que a mulher era como ‘membro da família’. O desembargador disse ainda que seus propósitos eram ‘humanitários’

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2 Comentários

  • Reply Maudivan Dantas 10 de junho de 2023 at 15:42

    Infelizmente essa situação é cultural… Criada como filha… “Filha lava essa louça, filha lava esse banheiro…”
    Observe-se a Obra “Casa Grande e Senzala” do grande pernambucano Gilberto Freyre…
    As práticas cotidianas do período da escravidão no Brasil, infelizmente ainda estão arraigadas profundamente na sociedade de hoje…

  • Reply Maudivan Pereira Dantas 10 de junho de 2023 at 15:43

    Infelizmente essa situação é cultural… Criada como filha… “Filha lava essa louça, filha lava esse banheiro…”
    Observe-se a Obra “Casa Grande e Senzala” do grande pernambucano Gilberto Freyre…
    As práticas cotidianas do período da escravidão no Brasil, infelizmente ainda estão arraigadas profundamente na sociedade de hoje…

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