Aproveitei o Dia do Jornalista para pouco produzir.
Uma preguiça medonha tomou conta do meu pensamento e das minhas ações.
Fiquei parado no tempo, olhando a vida passar.
Venho dos tempos de um jornalismo romântico, sem esse mercantilismo nocivo que transforma a profissão numa feira de mangaio.
Um tempo diferente, de caminhadas sob o sol a pino buscando a notícia, e de vida minguada, de dinheiro contado, de feiras esquálidas.
Mas também um tempo de altivez, de atrevimento, de olhar nos olhos do todo poderoso e exigir respeito.
Um tempo que passou.
E que não vai voltar de jeito nenhum.
Daí a preguiça.
Será que vale a pena remar contra a maré, enquanto os brotinhos recém chegados ostentam seus carrões, suas mansões, suas coberturas e derrames de boas bebidas em restaurantes chiques?
Porque no tempo da gente nos salvava a sopa do 2113 de Evilásio de Andrade, os fiados de Seu João do Grande Ponto e os cheques pre datados trocados no velho Bom Preço da Castro Pinto.
Quis o destino que eu alcançasse o tempo novo e me visse obrigado a comparar.
E a não aceitar o novo convívio, a nova vida, o novo padrão.
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