O ex-governador da Paraíba e presidente da Fundação João Mangabeira, Ricardo Coutinho (PSB) está presente na Marcha das Margaridas, nesta quarta-feira (14), em Brasília. No ato, trabalhadoras rurais reivindicam políticas públicas voltadas para o campo. A marcha é considerada uma das maiores da América Latina.
Ricardo destaca a importância do povo ir às ruas em um momento que ele classifica como o “de maior necessidade” para o país. “Estamos ao lado de uma multidão extremamente forte, talvez no momento em que o Brasil tenha sua maior necessidade disso”, disse.
Para o socialista, há em curso no país um processo de criminalização dos movimentos sociais, e que essa movimentação deve ser combatida pelo povo.
“Estamos vivendo um processo de criminalização dos movimentos, que é preciso ir às ruas reconvencer a sociedade de que esse é o pior caminho. O melhor é construir democracia, não só a formal de votar em alguém, mas a real, concreta; de se tratar de uma forma diferenciada os que são diferentes, para buscar a igualdade”, afirmou Ricardo.
Unir o povo e derrotar o atraso. Essa é a missão do povo brasileira na atual conjuntura político-social da nação, de acordo com Ricardo. “Essa luta do povo brasileiro, do campo, da cidade, dos indígenas, dos estudantes, professores, da educação, essa luta toda rega, faz com que a gente tenha mais do que nunca o sentimento e a sensação de que esse é o único caminho possível para o Brasil. Unir o povo, derrotar o atraso, derrotar essa política fascista e violenta, que tomou conta do Brasil, e devolver o poder, paulatinamente, ao nosso povo. Com o respeito profundo aos movimentos sociais”, ressaltou o socialista.
A marcha e a homenagem
A marcha saiu do Parque da Cidade, por volta das 7h30, em direção ao Congresso Nacional, pelo Eixo Monumental. A via S1 foi ocupada pelo ato, o que causou engarrafamento na área.
A marcha é realizada desde 2010, em homenagem à agricultora paraibana Margarida Maria Alves, símbolo de resistência, que presidia o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Alagoa Grande e lutava contra a violência no campo. Ela foi assassinada em 1983.
Além da defesa do campo e da agricultura familiar, as mulheres também protestam contra a mineração em terras indígenas e a reforma da Previdência. As ‘margaridas’ também empunham cartazes contra o governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL)
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