SEBASTIÃO FLORENTINO DE LUCENA, mais conhecido por “Tião Lucena”, era também chamado – quando morava em Princesa , de “Tuta”. Princesense, nasceu em 19 de dezembro de 1951, filho de Miguel Vicente de Lucena e de dona Emília Florentino de Lucena. Casou-se com dona Cacilda, com quem teve os seguintes filhos: Niani, Felipe e Sebastião Júnior. Seu pai, homem de bem, era profissional da fotografia lambe-lambe e presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais; sua mãe extremosa cuidadora dos muitos filhos e dos afazeres domésticos. Tuta estudou o curso primário no Grupo Escolar “Gama e Melo” e fez o ginasial na Escola Cenecista “Nossa Senhora do Bom Conselho” onde cursou também o clássico (equivalente ao curso médio). Já rapaz, conseguiu empregar-se na Prefeitura de Princesa, onde ocupou o cargo de almoxarife e, depois, a presidência da Junta do Serviço Militar. No afã de conseguir formar-se num curso superior, partiu para a capital do Estado onde prestou vestibular para o curso de Bacharelado em Direito, foi aprovado e concluiu o curso de Ciências Jurídicas, pela UNIPÊ em 1983. Em João Pessoa, Tião Lucena conciliou os estudos com atividades na imprensa da capital do Estado quando trabalhou como repórter, chefe de reportagem e secretário de redação dos três jornais mais importantes do Estado: “O Norte”; “A União” e “Correio da Paraíba”. Ainda quando militante no jornalismo, trabalhou como repórter e entrevistador nas rádios “Arapuan” e “Correio”; foi vice-presidente da API – Associação Paraibana de Imprensa e diretor do Sindicato dos Jornalistas da Paraíba. Formado em direito, foi nomeado Procurador do Estado e Juiz Classista junto à 2ª Junta de Conciliação e Julgamentos do TRT/PB e também exerceu o cargo de Corregedor da Procuradoria Geral do Estado. Tião Lucena, polêmico como sempre, incursionou também na seara política. Mesmo sem haver exercido cargos públicos teve participações nas administrações da Prefeitura Municipal de João Pessoa como Secretário de Comunicação e, no Governo do Estado como Secretário Executivo de Comunicação.
O intelectual
Além de todas essas atividades, Sebastião Lucena encontrou tempo para fazer livros. Escreveu e lançou 13 títulos, dentre eles, os que reputo de maior importância: “Fofocas e Futricas I e II” (ambos em parceria com o jornalista Antônio Malvino); “Nos Tempos das Coisas Singelas”; “1930 – A História de Uma Guerra”; “Peste e Cobiça” e “A Guerra de Princesa”.Como jornalista, manteve-se, por muito tempo, como colunista dos principais jornais da Paraíba. Seus artigos sempre causaram muitas polêmicas pelo seu jeito destemido e debochado de escrever, sem papas nos dedos e contido de muita ironia. Pra completar, Tião é também músico amador que se apresenta com alguma intimidade com seu clarinete.
O blogueiro
Nessa atividade, Tião Lucena, vai não vai, cutuca o cão com vara curta. Bate num, bate noutro, cria situações constrangedoras e desconfortáveis nos meios políticos diz o que quer, mas, às vezes é obrigado a desdizer o que diz de novo vendo a hora uma confusão grande, o que sempre termina por isso mesmo. Da mesma forma que ataca recebe os ataques que lhes são lançados, democraticamente e, com a cara mais lisa do mundo elogia aqueles que o ofendem como que para amansar, porque um novo ataque está a caminho. Desse jeito, vai vivendo como bem diz ele: “Bala trocada não dói”. Divirjo de Tião no campo da política de Princesa, principalmente, quando ele se insurge escrevendo em seu blog – emprenhado pelo lhe informam daqui – e veicula notícias e opiniões que não correspondem à verdade, porém, para isso, encontrei um remédio: levar também na graça, meter o pau nele também e tocar a vida pra frente, afinal, temos hoje este blog como veículo para responder as irreverências do blogueiro maior de Princesa. Tião Lucena, amante de Princesa e das coisas da Terra, em que pese sua forma debochada de dizer as coisas, está a merecer esse reconhecimento e esta homenagem em face da sua profícua atividade nos vários campos em que atua ou atuou e, por isso, se credencia a ser inscrito na galeria dos filhos ilustres de Princesa.
(Escrito por Domingos Sávio Maximiano Roberto, em 07 de setembro de 2019).
4 Comentários
Muito bem. Merecida homenagem, Dominguinhos. Faltou apenas a passagem dele como integrante das forças armadas em Recife, que ele tanto de orgulha. De qualquer forma, valeu !!!
Vamos aguardar que você dê sequência a esse brilhante trabalho, porque a fila é enorme.
Tião, responda, se souber: Rita Quarto de Bode nasceu em Princesa Isabel ?
Não, A amada Rita veio de Teixeira ensinar a nós a regra do bem viver
Muito bacana essa homenagem, talvez seja hora da trégua. Reza lenda que lampião costumava jogar baralho com um membro da volante que era responsável em combater o próprio rei do cangaço. Talvez seja aplicado para vocês dois, né?