opinião

Do Blog de João Costa: Recursos do Procon possibilitaram a instalação do Museu Cidade de João Pessoa

8 de novembro de 2021

A cidade ganhou um museu – antes tarde que tarde demais. Mas torná-lo uma referência ao presidente João Pessoa e aos acontecimentos de 1930 confundindo-o com a capital da Paraíba é um exagero.

Casarão da Praça da Independência abriga o Museu Cidade de João Pessoa

Uma fonte do blog revelou que para promover a revitalização do casarão da Praça da Independência, o governo do estado lançou mão de recursos do Procon estadual, que também está instalado em anexo ao museu.

 

Historiadores abalizados asseguram que o João Pessoa nunca morou nesta casa.

 

Mesa em que João Pessoa ocupava na Confeitaria Glória quando foi assassinado

 

Na verdade, ele a alugou por 6 meses para despachos, enquanto durou uma reforma no Palácio da Redenção.

 

Ironia histórica: o casarão da Praça da Independência, local onde o presidente João Pessoa utilizou durante seis meses para despachos governamentais, segundo fontes do governo, sua revitalização foi possível, graças à utilização de recursos do Procon estadual (multas). Os adversários de João Pessoa o apelidavam de “João Cancela”, por conta do arrocho fiscal promovido pelo governo.

 

Os móveis pertencentes ao ex-presidente da Paraíba estavam sob a guarda do Instituto Histórico e Geográfico da Paraíba. Foram cedidos aos Museu Cidade de João Pessoa através de um acordo firmado no sentido dos curadores do Museu darem o crédito ao Instituto, compromisso que não foi cumprido.

 

Casa que pertenceu a Marcolino Diniz, chefe de milícias civis armadas na Revolta de Princesa, em Patos de Irerê

 

Já o Palacete do cel. José Pereira, em Princesa Isabel e que serviu de hospital de campanha durante a guerra, está lá à espera da atenção governamental, porque tem acervo e os cuidados dos escritores do lugar.

 

Casarão de Marcolino e Alexandrina Diniz, palco de combates durante a Guerra de Princesa, em Patos de Irerê

 

Mas outros locais icônicos da História da Paraíba dos anos 30, seguem ignorados pelo Instituto do Patrimônio Histórico, a exemplo do casarão de Marcolino Diniz e Alexandrina Diniz e da residência do casal, em Patos de Irerê.

 
 

Muito sintomático no Museu da Cidade não se encontrar nenhuma referência a Ariano Suassuna, o filho mais ilustre da cidade – ele nasceu no Palácio da Redenção, muito antes do “rame-rame” que domina a política oficial que predomina até hoje.

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1 Comentário

  • Reply Sérvulo Fernandes 8 de novembro de 2021 at 20:26

    O prédio ideal para abrigar o museu da capital, deveria ser o Primeiro Batalhão da PM na praça Pedro Américo, enquanto no Paço Municipal (ao lado) a Biblioteca Municipal. Enfim, antes tarde do que nunca.

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