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Do Blog do Rubão: Escritores, poetas e artistas querem Ângela Bezerra de Castro presidente da Academia

24 de agosto de 2020

Pela primeira vez em sua história de 80 anos, a Academia Paraibana de Letras (APL) pode ser dirigida por uma mulher. Ângela Bezerra de Castro é o nome que escritores, poetas e artistas plásticos querem ver presidente da entidade.

Ela ainda não decidiu se vai concorrer ao cargo, mas sua candidatura já é consenso entre muitos acadêmicos que desejam promover o reencontro da APL com a sua origem, espírito e tradição de uma genuína academia de letras.

O grupo que defende Ângela presidente é formado majoritariamente por pessoas reconhecidas dentro e fora da Academia pela qualidade de suas obras, produção intelectual e proativa inserção no meio cultural paraibano.

Membro da Academia desde 1999, Ângela Bezerra de Castro é admirada pela competência no exercício de todas as funções que conquistou, a exemplo da docência universitária, ou lhe foram confiadas na administração pública.

Professora Doutora em Literatura, aposentada pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), no Estado dirigiu a Escola de Serviço Público da Paraíba (Espep) e foi coordenadora administrativa da Escola Superior da Magistratura (Esma).

“Ela é muito determinada, abnegada em tudo o que faz, além de ter a empatia e o carisma mais autênticos de uma líder nata”, avalia um ‘imortal’ mais entusiasmado com a possibilidade de ter Ângela na presidência da APL.

Graduada em Direito e em Letras pela UFPB, Ângela Bezerra de Castro é uma educadora por excelência. Iniciou sua carreira no magistério ainda muito jovem, ensinando em escolas particulares e públicas de João Pessoa.

Foi professora do Estadual de Cruz das Armas, do Liceu Paraibano e da antiga Escola Técnica de Jaguaribe, atual Instituto Federal de Educação da Paraíba (IFPB), antes de integrar o Departamento de Letras Vernáculas da UFPB, em 1976.

Com títulos de Mestra e Doutora obtidos em universidades do Rio de Janeiro, desde 1987 Ângela Bezerra de Castro é referência nacional de crítica literária. Naquele ano, ganhou o Prêmio José Américo de Almeida da Academia Brasileira de Letras (ABL).

‘Releitura de A Bagaceira: uma aprendizagem do desaprender’ é o título do ensaio com o qual Ângela arrebatou a premiação instituída em homenagem ao centenário do consagrado autor paraibano. A obra foi publicada pela editora José Olympio, do Rio.

Ângela Bezerra de Castro é autora ainda de ‘Um Ponto no Infinito Contínuo’ (1999) e de ‘Um Certo Modo de Ler’ (2008), além de organizadora da ‘Coletânea de Autores Paraibanos’ e da ‘Fortuna Crítica de José Lins do Rêgo’.

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3 Comentários

  • Reply Frutuoso Chaves 24 de agosto de 2020 at 11:27

    Seria a APL, sem dúvida, em boas mãos.

  • Reply Aldo Lopes de Araújo 24 de agosto de 2020 at 12:08

    Uma das pessoas mais íntegras que conheci na vida. Lealdade, competência, honestidade intelectual e visão crítica do mundo e das coisas em sua volta. Pude privar de sua amizade até hoje. e muito me orgulho disso e digo isso abertamente a todo mundo. Ângela Bezerra não precisa de nenhuma instituição do mundo para se afirmar enquanto escritora, enquanto intelectual, porque ela já uma instituição humana que aprendemos a admirar desde os tempos da universidade. A APL só tem a ganhar com o seu tirocínio e a sua sabedoria.

  • Reply Orlando Santos 24 de agosto de 2020 at 13:09

    Caro jornalista,
    Nenhuma dúvida que a professora Ângela Bezerra tem todos os requisitos necessários para ser a primeira mulher presidente da nossa apl. Digo nossa por dizer. Não sou paraibano. Mas, morando e vivendo por aqui há mais de trinta anos, conhecendo muitos imortais, sem aspas, sei de sua competência e capacidade para “movimentar” e liderar essa insigne instituição. Ângela bezerra é uma líder desde há muito. Difícil alguém conhecê-la e não se encantar com a sua simplicidade e embasamento cultural. Uma imortal que não se aposentou ainda da arte de ensinar para aprender e aprender para ensinar. Fosse eu imortal não pensaria duas vezes: ela irá enriquecer ainda mais essa instituição onde tantos imortais – sem aspas – endossarão as palavras desse pobre mortal e aprendiz desses craques da nossa história cultural. Em frente, Ângela! A apl merece uma presidente assim!

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