Memórias

Do Fundo do Baú!

1 de agosto de 2023

O Baú de hoje vem  de Luiz Humberto, um misto de bancário, músico e boêmio, que viveu esta cidade no passado e ainda vive no presente:

O CABARÉ DE IRENE E ADJACÊNCIAS

Conheci o Cabaré de Irene da Rua da Areia. Colegas e amigos do Banco do Estado da Paraíba, Banco do Nordeste e Banco do Brasil do Varadouro frequentavam o beréu. O pessoal estribado do BB e do BNB gostava mais do cabaré de Maria Buchim, situado num prédio antigo na esquina da Rua da Areia, próximo à Casa de Irene. É que Maria Buchim atraia a clientela com a oferta de “cabaços” de meninas novas. Os fregueses especiais eram avisados por telefone sobre as encomendas.

Havia outros cabarés muito visitados nas adjacências – o Beco dos Milagres e o Beco do Zumbi. Na Maciel Pinheiro destacavam-se o New York, Normélia e Hosana.

O site www.recantodasletras.com.br – Cronicando-Lembranças – Recanto das Letras comenta sobre o Cabaré de Irene da Rua da Areia e outros situados nas adjacências:

“(…) Dava uma voltinha lá pela rua da areia que tudo melhorava. Havia mulheres. E não pense que era como hoje. As profissionais tinham classe. Lingerie rendadas. Maquilagem impecável, e, o desejo de saciar os nossos insaciáveis desejos.

A primeira coisa que fiz quando completei a maior idade foi ir para um famoso cabaré, A casa de IRENE. Ali não entrava qualquer um. Era a alta boemia da cidade e do Estado.

Na Maciel Pinheiro, a Casa 66, também era um luxo só. Era a casa de Hosana. Eu estava lá na inauguração. Imagine só. Um rapazote. Mal entrara na maioridade e lá estava eu, escondido da minha mãe. Meu único medo era encontrar o meu pai por lá. Na inauguração foi convidado o cantor Nelson Gonçalves. Foi um belíssimo baile.”

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1 Comentário

  • Reply CICERO DE LIMA E SOUZA 1 de agosto de 2023 at 18:12

    Boas lembranças.
    Naquela época(45 anos passados, no mínimo), boa parte da rua Maciel Pinheiro, a noite, transformava-se num passeio público de muito movimento de pessoas(homens, principalmente) e a animação dos cabarés eram as mulheres de vestidos longos, folgados e sem calcinha, claro, para facilitar a introdução do pensamento e fantasias sexuais dos homens, ao som das radiolas de fichas.

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