Foi em 1984,lembro como se fosse hoje: Paulo Brandão Cavalcanti saía da fábrica Polyutil, no Distrito Industrial, em demanda do Correio da Paraíba. A sua Parati mal adentrou no asfalto da BR 101 e foi metralhada por um grupo de homens. O carro ficou todo furado e Paulo recebeu 29 tiros de metralhadora.
O carro saiu da estrada e bateu no meio fio. Os matadores se aproximaram e um deles sacou o revolver e deu o tiro de misericórdia.
Paulo ficou ali, morrendo, arquejando. Nesse momento chegou o hoje advogado Camilo Macedo, que foi o último a vê-lo antes de exalar o último suspiro. Paulo estava com os óculos pendurados no rosto, um revólver era visto numa bainha presa a uma das pernas. Camilo tirou-o do carro, estendeu-o no asfalto, e depois de tentar inutilmente ligar de um orelhão para Luiz Otávio ou para Roberto Cavalcanti, saiu na sua moto até o Sistema Correio e de lá até o Colégio Pio X onde Roberto se encontrava e ali deu a notícia.
Paulo foi velado no dia seguinte no Sistema Correio e em seguida levado para Recife, onde foi sepultado.
O resto dessa história está no meu livro “Nos tempos de Jornal”.
1 Comentário
Tam tam tam tam… e o verdadeiiro mandante é …..
Agoa tudo pode ser revelado: o crime já
deve está prescrito.
E em tempos de tantas canalhices, e de tantos canalhas impunes: um a mais não fará a minima diferença.