A sua cerveja era sempre a mais gelada, o tira-gosto tinha o sabor de quero mais e as farras, de tão boas, não tinham hora para terminar.
Chamava-se “Flor da Paraíba” e realmente era uma flor a enfeitar o belo jardim criado por Burle Marx para eternizar a velha Lagoa do Parque Solon de Lucena.
Os garçons vestiam smoking branco com gravata borboleta.
Era chique sentar nas cadeiras que rodeavam as mesas de fórmica impecavelmente brancas e ficar jogando conversa fora, enquanto se degustava a cerveja, os filés, os camarões e os caldos finos tão apreciados por Chico Pinto, por Jackson Bandeira e pelo Tião Bonitão que vos fala.
Um dia, e sempre haverá um dia, alguém achou por bem derrubar a Flor da Paraíba e construir no seu lugar um monstrengo que recebeu o nome de loja.
E o lugar ficou feio para sempre.
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