Ele foi, como diz Antonio David, autor dessas fotos, o último boêmio da Paraíba. Boêmio e intelectual, completo. Sempre solitário, carregando a mala preta onde transportava seus livros, usando o terno impecavelmente branco, Manoel José de Lima, ou Caixa D àgua fazia parte da paisagem. E hoje João Pessoa não tem a mesma cor sem ele. O conheci de perto, conversamos muito, bebemos brahmas das antárticas em vários momentos. E dele recordo a vez em que o apresentei a Paulo Mariano:
-Caixa, aqui é Paulo Mariano, escritor de Princesa.
-Já escreveu quantos livros? -foi a resposta dele.
E Paulo, todo formal|:
-Dois.
Ao que Caixa, despejando seu desprezo e olhando de lado:
-Eu já escrevi doze.
E abaixo o poema que o imortalizou:
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