Dom Aldo tinha câncer, também tinha coronavírus. Mas o que mais lhe doía era o desgosto de não poder morar mais aqui na sua Arquidiocese. Deportaram-no para Fortaleza, fizeram-no interno num convento, virou monge.
Enquanto arcebispo militante da Paraíba, desgostou muita gente. Principalmente as dondocas que adoravam vestir-se de noiva, dar festas de arromba nas recepções dentro das igrejas e aparecer nas colunas sociais. Dom Aldo acabou com isso, acabou com a farra. E as casamenteiras não gostaram.
Tinha gente que casava só para dar a festa, aparecer no jornal e depois se separava para casar de novo. Era um casa/separa escandaloso. Dom Aldo pôs um freio nisso tudo. Dentro da igreja todo mundo casava de um jeito só, pobre ou rico, rico ou pobre, sem rapapés e bibelôs. Por isso caiu na antipatia desse povo.
E a antipatia se transformou em ódio e o ódio se espalhou pelos quatro cantos do Estado. O ato final: puseram-no na vala dos pecadores sexuais, o transformaram em gay.Até um jovem apareceu dizendo que dormiu com ele.
A reputação do bispo foi jogada na lama. Ele próprio foi jogado no esgoto. Saiu daqui deportado. E ganhou um título de Arcebispo Emérito que nada mais é do que nada vezes nada.
Hoje Dom Aldo descansou. Já vi notas de lamentos circulando por aí. São os hipócritas de sempre apostando na amnésia coletiva, querendo faturar em cima do defunto.
Que lá no mundo para onde vão os mortos ele finalmente descanse em paz.
3 Comentários
Dom Aldo participou de uma manifestação a favor do Impeachment de Dilma e os padres ligados a Luiz Couto lascaram o arcebispo.
Se for esse o maior pecado cometido, São Pedro já deve ter recebido um email do Moro com boas recomendações.
E os escândalos sexuais de figuras altamente conhecidas como o próprio e de padres divulgadas na mídia, foi tudo encenação?