VINHO CELESTE, DE TITO SILVA
Eu alcancei o Vinho Celeste. Era de Caju e se bebia gelado. Ficou famoso no Brasil inteiro e era o orgulho de João Pessoa. A fábrica ficava na Rua da Areia e ainda hoje o prédio está lá, intacto, conservado e preservado, com suas máquinas paradas retratando um passado que não volta mais.
Não cheguei a conhecer Tito Silva, o fundador da marca.
Mas Luiz Humberto me socorreu com as informações publicadas a seguir:
No curso primário, em Areia, Tito Silva foi colega de turma de Dom Adauto de Miranda Henriques e do engenheiro Álvaro Machado, que foi presidente da Parahyba e líder político do conhecido alvarismo que controlou o estado por décadas, até ser destronado pelo epitacismo.
Tito era um dos 24 filhos do latinista Joaquim da Silva, areiense autor de uma gramática em latim, publicada em Salvador por volta de 1850.
O seu casamento com Celina foi uma aventura.
Tito Silva era pobre e, contrariamente, Celina tinha três escravas a sua disposição. Por ele ser pobre, o pai dela não queria o casamento e ela consentiu ser levada pelo namorado até a casa de um amigo das famílias. As fugas dos namorados eram assim. O pai a rejeitou e o casal passou a fazer vinho de caju para sobreviver.
Quando foi governador, Álvaro Machado trouxe o amigo Tito para o governo e este fundou o jornal A União que circula há quase 130 anos. Uma vez na capital, o vinho de caju ganhou prestígio, a Cia Tito Silva foi instalada no Varadouro e o Vinho Celeste ganhou fama nacional.
Do arquivo de Antonio Washington de Almeida Gondim.
DE NOVO EDJALMES
Edjalmes curte merecida aposentadoria em Bananeiras e não renega um bom uísque e engraçadas lorotas.
Ele viveu muitas aventuras. Uma delas aconteceu na Festa das Hortências, em Cruz das Armas. Um bode que valia cinco contos foi levado por ele ao leilão e arrematado por 600. Deu 300 a Frei Tadeu, o pároco, e ficou com 300.
Daí surgiu a amizade entre ele e o vigário.
Valendo-se dessa amizade, prometeu a conhecido prefeito da Capital leva-lo a benzer uma chácara em Gramame, que serviria para as escapulidas de casados famosos.
Nesse dia, com o padre a tiracolo, ele segurando o frasco com a água benta, saíram a benzer as instalações da chácara, mas quando abriram o primeiro quarto depararam-se com o prefeito debruçado sobre os seios de bela jovem. O choque foi grande. E no outro quarto estava um não menos conhecido desembargador fazendo a mesma coisa.
– Louvado seja, isso é um cabaré!Você me trouxe para o inferno, Seu Edjalmes!, bradou o padre.
ADEUS, KÁTIA!
O registro é de Marcos Pires: “Morreu Kátia, de 27 anos, que nos atendia sempre com um sorriso nos lábios nos cafés matinais da Padaria Bonfim.”
Nem preciso dizer que foi de Covid.
4 Comentários
Obrigado pelo registro , amigo Tiao. Katia era muito querida por funcionários e frequentadores da padaria Bonfim. Covid não respeita idade
O historiador José Otávio de Arruda Mello conta que o Tito Silva que dá nome a praça em Miramar foi o primeiro marido de Dona Mora, que depois de viúva casou-se com Ulysses Guimarães. Será o mesmo da fábrica de vinhos?
A comitiva que o governo Bolsonaro
mandou à Israel tem entre seus
membros apenas UM cientista,
ligado ao Ministério da Ciência e
Tecnologia. O representante do
Ministério da Saúde, assessor do
Sr. Pazuello, é médico oftamologista.
Mas eles foram atrás de um spray
nasal ou de um colírio?
E deputado federal Hélio Negão,
e o assessor presidencial Felipe
Martins foram fazer o quê mesmo?
Bom, em três dias dar pra aprender
a fazer humus, falafel, e outras
iguarias gastronômicas tão bem
como assar hambúrguer.
Então pra que levar epidemiologista?
Sem contar que o que o spray
que eles foram buscar em Israel
pode ser encontrado em pesquisa
na USP.
Ah, mas a USP é do governo de
São Paulo………..
A bem da verdade, o primeiro marido de dona Mora foi Alcebíades Silva, filho de Tito Silva. Ela ficou viúva e depois casou com Ulisses Guimarães. Os filhos de Tito Silva foram:
Joaquim, Olga, Alcebíades, Raul e Hely. Raul e Hely deram sequência na administração da Fábrica depois do falecimento de Tito Silva. Olga foi casada com Eduardo Cunha e moravam na Rua General Osório número 90, em João Pessoa-PB.