DOMINGUEIRAS DO TIÃO

JOSINATO GOMES, O PERSISTENTE

Quando Josinato Gomes aportou na Capital do Estado da Paraíba, na década de 80, trazia consigo um bilhete endereçado ao governador Wilson Braga com a recomendação de lhe dar um emprego.

Galego avermelhado, já nesse tempo falava difícil, explicado, caprichando nas pontuações e ditando lições de gramática.

Braga quis enrolar o matuto de Itaporanga. Disse que depois resolvia, esquecido das precisões e urgências que acompanham os que de lá seguem para tentar a vida na cidade grande. Ele mesmo, Braga, um exemplo disso, na condição de ex hóspede da Casa do Estudante.

Mas a fibra do cabra do Vale do Piancó o fez resistente e insistente. E de tanto insistir, terminou vencendo as forças do governador, que lhe nomeou, para se ver livre, como repórter da Secom

E como repórter da Secom Josinato alçou voos, virou poliglota, tornou-se conhecido e aplaudido  por onde passa.

Hoje, bem posto, casado e pai de filhos grandes, aposentado da Secom, mas militante na imprensa, participa ativamente da política. Já disputou mandatos de deputado e vereador e pensa grande, planeja o futuro e um dia será o prefeito do Valentina, seu reino encantado, tão logo o bairro onde mora se desligue de João Pessoa e seja emancipado.

 

LIVRO DE RUBÃO

Ele não diz o nome, mas adianta que está escrevendo um livro. E deve ser um livro importante pois precisou se isolar do mundo para ganhar concentração. Só pode ser livro bom, já que Rubens Nóbrega, ou Rubão, como o chamamos carinhosamente, escreve muito e escreve bem.

Vamos aguardar.

 

NIVER DE SÍLVIO OSIAS

Leio na coluna social de Neno de Lero que Sílvio Osias aniversariou ontem. Ele deve ter a minha idade. Rapaz talentoso, desde cedo escreve sobre cinema, artes, variedades e, de vez em quando, política.

Nunca mais o vi pessoalmente. A culpa é do coroca. Na última aparição dele na TV tinha barba e cabelos caindo pelos ombros. Um verdadeiro intelectual.

 

RAPARIGA OU PROSTITUTA?

Ontem fui alvo de censura num grupo de zap por ter noticiado o que a imprensa nacional noticiou, que foi aquele caso de uma deputada apontada como ex prostituta na Espanha pelo presidente da CPI.

A censura se deu porque usei o termo rapariga.

Que julgo mais maneiro do que prostituta.

Rapariga em Portugal é moça, aqui é moça que faz amor por dinheiro. Prostituta também é a mesma coisa. Mas o termo rapariga, ao que percebi, é criticado pelos conservadores por retratar mulher que faz ponto em cabaré periférico, de pobre, de lapada de cana papuda com tira gosto de mocotó.

Lamento a reação E prometo que da próxima vez vou caprichar no linguajar.