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DOMINGUEIRAS DO TIÃO

19 de setembro de 2021

COQUINHO

Coquinho era o flandeleiro mais afamado do lugar. Praticamente não tinha competidor, fosse pela eficiência no trabalho, fosse pelo preço cobrado ao cliente, sempre o mesmo, sem nunca subir, sem jamais mudar.

Na sua oficina, perto do silo de Zépereira e nos fundos do convento dos padres, ele fazia de um tudo. Soldava buracos em marmita,botava fundo novo em panela, adaptava lata de querosene para servir de galão, colocava azeia em caçarola e em caneco de alumínio, ninguém entrava na oficina dele para sair sem solução.

E o precinho servia de chamariz.

Pequeno, magro, barba por fazer, um chapéu de abas curtas cobrindo a cabeça de escassos cabelos, parecia uma figura comum, sem atrativos além da arte que lhe chegara do berço, sem necessidade de escola ou professor.

Não bebia, também não fumava. A maturidade o alcançara sem o tradicional casamento para construção de família, com mulher, filhos e netos ao redor da mesa. Era solteirão, vivia com umas irmãs também solteironas e cobria as despesas da casa com seus remendos a “destões” cada.

Mas tinha um fraco: Dió.

Branca, desdentada, cachaceira, rapariga do cabaré de má fama, Dió era a paixão de Coquinho. Por ela se derretia, gastava os “destões” dos apurados, vendia, se preciso, a roupa do corpo para lhe agradar.

Só que Dió tinha uma mania reprovada pela vizinhança de Coquinho: Bebia. E quando enchia a cara, escandalizava em praça pública, gritava, caía de pernas para o alto, tirava a roupa, chamava nomes feios.

Coquinho a tudo assistia e nada dizia. O amor falava mais alto. Dió era o seu amor.

Bem comportado, só teria saído da linha uma vez e isso mesmo na versão de terceiros, sem prova do crime ou testemunho de gente séria.

Uma venerável senhora da sociedade teria entrado na oficina para perguntar quanto lhe custaria um fundo novo na sua lata de carregar água.

– “Destões” -, foi a resposta de Coquinho.

A senhora, que apesar de rica gostava de pechinchar, fez nova pergunta:

– E se eu der o fundo?

– Aí eu boto de graça.

 

DO FUNDO DO BAÚ

O inesquecível senador Zé Maranhão com sua então noiva Fátima e os futuros sogros no carnaval de 1977, presumivelmente em Araruna.

 

NOVO POINT

No novo point de Princesa, o Brothers Hot Dog – Cafeteria e Açai, a secretária Nininha Lucena dividindo mesa com o jornalista Júnior Duarte, com o presidente do CDL de Princesa e vereador Iran Pinto e com o policial militar João Gualberto.

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3 Comentários

  • Reply Delfos 19 de setembro de 2021 at 09:08

    PAULO FREIRE

    NO DIA EM QUE COMPLETARIA
    100 ANOS DE VIDA, O GRANDE
    EDUCADOR PAULO FREIRE É
    HOMENAGEADO EM TODO
    O MUNDO.

    MAS NO PAÍS ONDE ELE NASCEU
    UM BANDO DE IDIOTAS IDOLATRA
    UM GURU TERRAPLANISTA.

  • Reply Delfos 19 de setembro de 2021 at 09:23

    Data Folha

    65% dos paulistanos ( moradores
    da cidade de São Paulo) REPROVAM
    o Bolsonaro.
    Como a capital paulista tem mais
    de 11 milhões de habitantes,
    mais de 7 milhões reprovam
    o presidento.

  • Reply Wergniaud Antonio Breckenfeld Alexandre 19 de setembro de 2021 at 13:57

    A história completa de coquinho é esta, com a conclusão da seguinte frase:
    – Eu faço de graça e ainda encho os potes.

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