JOSÉ, ARLINDA E OS “HOMIS DE SUN PALO”
José e Arlinda se casaram sob as bençãos do exigente Frei Cirilo, prometendo, ambos, fidelidade até que a morte os separasse.
Casal amoroso, temente a Deus, frequentador das missas e novenas da igreja, um exemplo a ser seguido por todos que desejassem um casamento abençoado e duradouro.
Enxerimento, jamais além da conta. No máximo o papai com mamãe com a luz do candeeiro apagada para não permitir a entrada de qualquer tentação.
E assim mesmo cobertos, os dois, da cabeça aos pés pelo lençol de couro grosso adquirido na loja de Seu Waldemar. Só de lã tinha três dedos.
Vieram os filhos. Três ao todo, levados desde cedo ao catecismo e incorporados, tão logo aprenderam a falar, à cruzada eucarística e a Juventude Franciscana.
Nunca haviam se separado. Os dois viviam encangados, fosse em casa ou na rua, nos banhos de açude e nas feiras.
Até que Arlinda precisou viajar a São Paulo para cuidar do irmão enfermo, vítima da bala disparada pelo assaltante.
Chorou muito, saudade antecipada de José e das crianças. Mas tinha que ir, José compreendeu e até incentivou.
Foi de ônibus, três dias e três noites de estrada, de cansaços intermináveis, de saudades infinitas.
José ficou no sertão contando nos dedos os dias de ausências da sua amada e dileta esposa. Um dia, dois dias, uma semana, um mês, três meses, seis meses…
Arlinda voltou finalmente.
Festa em casa, festa na rua, festa em tudo que era lugar.
E no final da festa, o encontro de alcova, a repetição daqueles gestos antigos que haviam mofado no tempo.
José, solene, joga o lençol por cima dos dois e se prepara para o feijão com arroz de antigamente, quando Arlinda o interrompe e implora:
– Oh José, faz qui nem os homis de Sun Palo!
José, na sua infinita singeleza, olha pra Arlinda e , com cara de tacho, protesta:
– Como, Arlinda, se eu nunca fui lá?
EFIGÊNIO MOURA
Efigênio nasceu no Dia de São José, Dia da Chuva, a jóia rara dos sertanejos e caririzeiros. Ele é do cariri, terra dos bodes gordos, do forró pé de serra, dos grandes compositores e dos escritores arretados. Escritor de estilo único, chamo-o de Efigenius porque ele é, realmente, um gênio da escrita.
No dia de São José, dia do seu aniversário, houve festa até umas horas. Festa merecida, com cheiro de coisa boa, com gosto de quero mais.
SARAU NO PALACETE
Correspondeu as expectativas o primeiro Sarau no Palacete promovido pela Academia Princesense de Letras e Artes na última sexta-feira, em Princesa Isabel. Méritos para Emanuel Arruda, presidente da Academia e idealizador do evento. E ele garante que outros eventos virão.
FIM DE TARDE
Foi um fim de tarde pra lá de maravilhoso na bela vivenda dos cunhados Marcos e Dora, no Alphaville, o condomínio mais coisado da cidade. Com direito a café, leite quente, bolo, rocambole, chá e outras iguarias na primeira parte e, já com a noite chegando, bom vinho português e um escocês que ele, Marcos, comprou nas oropas e abriu especialmente para brindar a vida. Na foto, começando pela esquerda, vemos Dora, Luiz Peixoto, Tania Marques, Marcos Marques, Adriana, Marcondes, Dona Cacilda e o bonitão aqui.
Saí de lá zoró.
1 Comentário
Máscaras de proteção sendo jogadas no
lixo, enquanto a subvarianre BA.2, mais
contagiosa que a Omicron, se aproxima.
E em 5 estados do Brasil os números de
infectados estão em alta. Goiás é o
estado com maior número.
Quem tiver bom senso, e amor à vida,
continuará fazendo da sua máscara de
proteção facial um objeto útil.