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Domingueiras do Tião

24 de abril de 2022

A BATALHA NO CAMPO DO FUNCIONÁRIOS II

A farra começara pelas 10 horas da manhã e o relógio marcava o meio da tarde quando alguém se lembrou de beber a saideira no Conjunto Ernesto Geisel, onde moravam os meus irmãos e minha mãe.

Antes de chegarmos a minha casa para dar trabalho à dona Cacilda, já havíamos visitado, pela ordem, o Bar da API, o Grande Ponto de Seu João, a Churrascaria de Cabral no Jardim Sepol e o Bar de Goró.

E o desembarque na casa do Funcionários II foi o de um grupo que já havia tomado todas e ainda queria lavar a alma.

De nada adiantou a argumentação da mulher, achando que “por hoje basta”.

Saímos em grupo, eu na frente, João Camurça logo atrás e Miguezim de carona num terceiro carro.

Só que, em vez de pegarmos o contorno e circundar o campo de futebol, entramos de campo a dentro, interrompendo a partida entre os solteiros e os casados.

A intromissão gerou protestos dos jogadores. E eu, valentão, parei o carro, desci e fui tomar satisfações com o que parecia ser o chefe do jogo.

O cara, mais forte do que eu, me enfrentou. O bate boca começou, os ânimos se acirraram, já ensaiávamos os finalmente quando Dona Cacilda, valente e declarada protetora do marido indefeso, saiu de casa com um 32 canela fina na mão, ameaçando encher o campo de bala se alguém mexesse com um fio do meu cabelo.

A valentia de Dona Cacilda foi mal compreendida pelo meu oponente,que que lhe dirigiu um comentário desrespeitoso. Eu, como marido, parti para a guerra. Voei na goela do atrevido e lhe arrancei  o trancelim que carregava no pescoço. Ele não gostou, seus amigos não gostaram, ameaçaram partir pra cima, mas aí surgiu Miguelzinho com seu brado retumbante, armado com um martelo de bater prego, avisando que ia arrancar chifres de cornos.

Não bastasse isso, dali a pouco apareceu um garoto com um saco de estopa nas costas, avisando ao pai que a arma que fora buscar estava ali dentro do saco, devidamente embrulhada.

– Deixe ela aí que já uso – avisou o pai do menino.

Mas não precisou usar porque João Camurça, apaziguador, sugeriu uma trégua, devidamente aceita por todos, seus fãs radiofônicos.

Só que Camurça teve que prometer narrar um jogo dos dois times no final de semana seguinte pelas ondas sonoras da Rádio Tabajara.

A promessa não foi cumprida, porém a paz foi restaurada.

 

NIVER DE RICARDO RAMALHO

Eu conhecia Ramalho Leite de eras priscas. Também conhecia dona Marta. Ricardo, filho de ambos, só conheci muito tempo depois, durante um lançamento de livro em Bananeiras. Depois nos tornamos vizinhos e amigos, quase irmãos. Ele, sua esposa Marcileide e os filhos passaram a integrar o rol dos muito queridos, meus e de dona Cacilda.

Esta semana ele aniversariou e, ao lado dos pais, da esposa e dos filhos, comemorou a nova idade no frio gostoso de Bananeiras, a cidade mais bonita e acolhedora do Brasil.

 

NIVER DE NANÁ MONTENEGRO

De Naná Montenegro guardo lembranças que jamais morrerão. De antigas campanhas políticas, por exemplo. Ele, marizista, quase sozinho comandando os comícios de Antonio Mariz na cidade de João Pessoa; depois, vereador, dando show de competência na Câmara da Capital e por derradeiro essa simplicidade que nunca o abandona e tanto nos cativa.

Parabéns pra você, amigo Naná.

 

ANDREA INTERNACIONAL

Andrea Mariano, conterrânea, filha de Solon Mariano e sobrinha, claro, do inesquecível Paulo Mariano, é uma artista plástica de fama interncional. Depois de brilhar em Paris, agora é convidada para expor seu talento e suas obras na Feira Internacional de Barcelora, que se realizará nos dias 4 e 5 de novembro.

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2 Comentários

  • Reply Oscar 24 de abril de 2022 at 09:01

    Hoje ele danou-se a mentir.

  • Reply Airton Calado- Campina Grande 24 de abril de 2022 at 09:48

    Superou-se na estória narrada, parabéns.

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