COMIDA ESTRANGEIRA
Lendo Marcos Pires indagorinha sobre as dificuldades dos brasileiros que não dominam línguas estranhas em terras estrangeiras, me lembrei daquela viagem de João Camurça, João de Souza e Ivan Tomaz a Israel, acompanhando a delegação do Botafogo da Paraíba.
Depois do jogo, bem narrado por Camurça e Ivan e tendo o devido assessoramento do repórter de pista João de Souza, a equipe da Tabajara, emissora que os havia escalado para a cobertura, entrou num restaurante para jantar. E foi aí que começou o drama.
Sem falar uma vírgula do idioma judeu, tentaram pedir a comida por gestos. Queriam bife e gesticulavam para o garçom a palavra, letra por letra. Mas nada do homem entender.
Ivan, achando que seria mais fácil imitar o animal, balançou os braços e fez corococó para dizer que queria comer galinha. E o garçom só rindo.
Até que João Camurça, numa derradeira e desesperada tentativa, levantou-se da cadeira, botou as duas mãos no entorno da cabeça com os dedos apontados para a frente em forma de chifres e, com toda a força dos seus pulmões, enquanto se dirigia para o garçom como se quisesse chifrá-lo, esturrou: “moonnnnn”!
NO BAR DE LULINHA
Quem narra é Chico Pinto, que deixou de beber mas não larga um bar. Os intelectuais da Livraria do Luiz costumam terminar as manhãs de sábado no Bar de Lulinha, depois dos cafés e saraus literários, comendo cabeça de bode com feijão verde.
No sábado que foi ontem, lá estavam Hildeberto Barbosa, Antônio David, João Costa, Oswaldo Travassos, Chico Pinto, Lulinha, Zé Nilton e o poeta Iranir Medeiros.
Também apareceu por lá Durvalzinho Lira, que está andando com a ajuda de uma bengala por causa de uma queda que quase lhe parte o osso do mucumbu.
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