TEM VIDA EM TAMBAÚ
Fui ver a noite na orla de Tambaú e me espantei com o volume de gente a passear pela calçadinha da praia e pela calçada das residências, prédios de apartamentos, bares e restaurantes. Diria que, se não fosse aquela triste visão do Hotel Tambaú fechado, interditado e murado com paredes de latas, a noite de João Pessoa nada fica a dever às noites de Natal, de Recife ou de Salvador.
Vou mais além: estive em Salvador recentemente e asseguro que a noite de lá não chega nem perto da noite que vi ontem em Tambaú.
Restaurantes e quiosques oferecem todo tipo de comida, cantores de rua enfeitam as calçadas, um trio de forró chama o povo a dançar, crianças e adultos circulam pela ciclovia manobrando suas bicicletas e seus triciclos, ambulantes oferecem churrasquinhos regados e cerveja, garçons perfilados nas calçadas dos restaurantes mais chiques convidam o passante a experimentar seus quitutes, em suma, uma agitação que eu desconhecia e que gostei de ver.
Lá no largo de Tambaú um professor exercitava suas alunas no ritmo do piseiro. E elas requebravam, balançavam com graça e harmonia seus corpos perfeitos, enquanto, lá de longe, a Polícia espiava e cuidava da segurança.
Por derradeiro, dei de cara com um surdo/mudo pedindo esmola. Disse-lhe, por gesto, que estava sem dinheiro. E ele, mais depressa do que imediatamente, mostrou-me um papel onde estava escrito: “Tenho Pix”.
LÁ EM MANGABEIRA
Pela manhã estive com o mano Edmilson em Mangabeira para degustar o cuscuz de Dona Francisca.
– O que tem hoje, Dona Francisca, para misturar com cuscuz?
– Tem bode, galinha, carne de gado e rabada.
– A sua rabada tá dura ou mole?
-Só o senhor provando.
ATÉ LIVRO LANCEI
Lá em Mangabeira aproveitei para apresentar meu novo livro, “Perdição”, a sensação literária do momento. E foi aquele fuzuê. Tadeu Florencio compareceu, Sebastião Gerbase foi com a filha, o deputado Edmilson Soares comandou animada mesa e no final o estoque de livros que levei foi embora.
COM MARCOS PIRES
Na quinta estive com Marcos Pires no seu escritório. Lançamento particular, coisa chique, bem a altura do prestígio do anfitrião, um dos grandes amigos que conquistei em João Pessoa e luto com todas as forças para preservar “até que a morte nos separe.”
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