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Domingueiras do Tião

31 de março de 2024

MINHAS ENTREVISTAS

Conheci Cícero Bezerra, o famoso Bandoleiro do Norte, homem de confiança do coronel  Zé Pereira e comandante de tropas na guerra de 30 em Princesa. Já estava velhinho quando o entrevistei, porém lúcido e dono de uma memória invejável.

Fora escalado por Arlindo Almeida para fazer uma entrevista com o famoso guerrilheiro para o Jornal de Domingo, suplemento literário de A União. Fiz uma entrevista de página inteira e ainda ganhei de presente o seu bornal de estimação, que se perdeu  durante uma das inúmeras mudanças de endereços que eu e Dona Cacilda fizemos  ao longo dos anos.

Tempos depois entrevistei o Caboclo Marcolino. Viúvo, meio mouco e com 83 janeiros nas costas, Marcolino também ocupou uma página inteira do Jornal de Domingo. Falou de Xandu, seu grande amor, da sua amizade com Lampião, das lutas de 30, de como expulsou mais de 100 soldados da PM do casarão dos Patos e conseguiu salvar sua amada das garras dos “macacos” e das boemias que protagonizou como jovem bonito e namorador.

A última entrevista que fiz para o Jornal de Domingo, ou melhor dizendo, reportagem, foi a do encontro de Canhoto da Paraíba com o grande saxofonista Manoel Marrocos em Princesa. Até do título eu lembro: “Marrocos e Canhoto, um sax que chora e um violão pra consolar”.

Isso aconteceu no tempo da máquina queixo duro e do jornalismo romântico.

 

CHICO FRANCA

Chico Franca mal me conhecia, mas nem por isso hesitou em me chamar para ser seu secretário de comunicação na Prefeitura de João Pessoa.

Não tive padrinhos, foi tudo na base da intuição.

Gonzaga Rodrigues deixara a Secretaria para se candidatar a vereador e Chico, depois de ouvir dezenas de sugestões, lembrou-se de mim.

Mandou Barbosinha me localizar, chamou-me para uma conversa a dois, disse o que queria, ouviu o meu sim e dali fomos comemorar no Cassino da Lagoa.

Passei um ano como secretário de Chico, fiz o melhor que pude. E acho que ele gostou do trabalho, pois até hoje, tantos anos depois, alardeia que fui o melhor secretário de comunicação da sua administração.

Ontem revivemos esse lance da Secretaria durante encontro em Bananeiras, sob o testemunho de Dona Carmen, de Damásio Neto e dos demais familiares.

 

NIVER DE PETRONIO

Petronio Souto comemorou os seus 75 anos esta semana rodeado de abraços e manifestações de carinho. E é incrível como Petrônio se aproxima dos 80 com a mesma cara de menino de quando tinha 30.

Que continue com a gente por tempo indeterminado, resgatando, como vem fazendo, a história de nossa “Cidade que virou saudade”.

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2 Comentários

  • Reply GUEDES 31 de março de 2024 at 21:33

    Tião Lucena, hoje à tarde fui com minha família conhecer o Parque Linear do Bessa, em João Pessoa. Tenho uma curiosidade em saber por que o nome Linear ?
    E uma observação: O tal Parque Linear (?) é muito carente de sinalização vertical. As poucas placas existentes são de dimensões diminutas. Gostaria, pelo menos, saber por que o nome Linear ?

  • Reply JOÃO BATISTA 1 de abril de 2024 at 12:02

    Meu amigo GUEDES, cabra bom do Jardim Paulistano, em Campina Grande. Serviu ao Exército comigo. Vou tirar sua dúvida: O tal do parque foi batizado como “LINEAR”, porque no projeto existem várias vias lineares internas naquele que um dia será o PARQUE, para permitir a circulação de automóveis, motos e bicicletas, entre as árvores que serão plantadas. Quanto a sinalização, realmente, está muito a desejar, porque além de existirem poucas placas indicativas para os motoristas, elas são de dimensões diminutas e mal localizadas. Tomara que o “CABOCLINHO” de Jatobá passe por lá e mande substituir tais placas e acrescentar outras. Mas, se realmente executarem o projeto, o parque vai ficar muito bom e bonito.

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