Domingueiras do Tião

O GUERREIRO JACKSON

A última notícia que tive de Jackson Bandeira foi a de que ele estava internado na ala amarela do Hospital de Trauma. A doença dele não me disseram, tampouco me informaram se teve alta. Não fui vê-lo, o tempo me transformou num covarde, não ando mais em hospital, tampouco vou a enterro, evito o quanto possível.

Jackson é amigo de velhas caminhadas. Ele é mais velho do que eu, mas acho que começamos juntos no jornalismo. Eu, ele, Chico Pinto, Pedro Moreira, Júlio Santana, Cícero lima, uma fornada de repórteres que fazia jornalismo por amor à profissão.

Cansei de ver Jackson ralando o salto alto do seu Cavalo de Aço e carregando nas costas um gravador do tamanho de uma grade de cerveja a colher entrevistas para os programas da Rádio Tabajara.

Cansei de fazer coberturas ao lado de Cícero lima. A mais famosa foi aquela que culminou na separação de Barbosinha e no consequente casamento dele com a rainha do carnaval. Um casamento que deu certo, pois viveram felizes para sempre ao longo dos séculos.

Com Chico Pinto emendávamos pelas noites, durante o dia o trabalho, durante as noites a boemia, a fava da 13 de Maio, a Flor da Paraíba, o Pietros, o Cassino, o Grande Ponto de Seu João, o Bar da API de Moura…

Hoje estamos velhos, os passos são miúdos, já não vagamos mais por aí. Muitos já se foram e eu enumero aqui Aguinaldo, Fodinha, Lelo, Pedro Moreira, Genésio, Arlindo, Marcos Tavares, Anco…, paro por aqui senão vou transformar o espaço num obituário.

Que Jackson se recupere, desejo de coração. Ele é forte, sempre foi. Lembro que na juventude era o maior goleiro de Cajazeiras.

 

LIVRO DE BIBIU

Já saiu do forno o livro “Corrupção – Privilégio, desigualdade, um retrato do Brasil real”, do mano Edmilson Lucena. A apresentação se deu neste sábado na feira do Zé Américo, enquanto degustávamos, eu, o autor, Gaudêncio Cabral e Tadeu Florêncio, um cuscuz com bode guisado e carne de porco. O livro está uma beleza.

 

TRINTA E QUATRO ANOS

Miguelzinho, como sabem, é meu irmão caçula. Para nós continua um menino, mas o danado é que não é mais. Já se aposentou do cargo de delegado e nesta semana comemorou 34 anos de casado com Maria José Rocha.