Domingueiras do Tião

SOBRE CORNOS E CORNICES

O tema infidelidade conjugal hoje é abordado com civilidade pelos envolvidos e pelos que estão no entorno, mas em tempos passados foi resolvido a bala ou a facadas. Na minha terra, por exemplo, várias tragédias foram registradas por causa dessas escapulidas, principalmente de mulheres casadas infelizes no matrimônio e ansiosas por encontrar alguma felicidade em outras alcovas.

Houve casos de irmãos que mataram irmã e amante da irmã para limpar a honra da família. Conta-se que eles teriam agido por ordens da matriarca. A mãe mandou matar a filha adúltera.

Eu mesmo testemunhei o tiroteio do São Roque, no qual o chifrado atirou no que botava chifres, a bala pegou na mãe do conquistador, que atirou de volta e acertou no pai do corno. O corno voltou a atirar e matou o amante e quando fugia da cena do crime foi acertado por um tiro de rifle, morrendo na hora. Dessa tragédia sobrou apenas o pivô da violência, no caso a mulher.

Hoje ainda se registram surras do marido revoltado na mulher traiçoeira ou de mulher traída no chamado pé de lã, mas são coisas esporádicas, próprias do interior, onde a questão da honra ainda tem alguma valia.

Na cidade grande os nubentes tratam o assunto sorrindo e achando bom. Contaram-me que um marido pegou a esposa dando a um amigo do peito e esse escorregão foi administrado com boas conversas, um bom vinho, um saboroso queijo provolone e tapinhas nas costas. Claro, o marido traído teve medo de perder a mulher, em cujo nome estão as conquistas financeiras do próprio nos derradeiros anos. Ele ganhava e botava no nome da conje, com medo de descobrirem que ficara rico sem ganhar na loteria. Mas o importante é que prevaleceu o amor e ambas as partes prometeram continuar vivendo na maior harmonia.

 

NIVER DE RAMALHO

Hoje é o aniversário do amigo Ramalho Leite, que chega aos 81 anos com o mesmo vigor que tinha quando o conheci na Assembleia, menino novo, pulando num pé só e fazendo raiva aos adversários.

 

NIVER DE JÚLIA

Júlia, sobrinha de Cacilda, filha de Marcos e Dora, comemorou o aniversário em terras italianas, toda chique e bela. Daqui o meu abraço e o meu cheiro.

 

NIVER DE JOHNSIM

O amigo Johnson Abrantes também soprou velinhas e foi homenageado pelo mano e poeta Ranieri Abrantes com uma poesia muito lindra demais. Pode conferir.

 

MIGUEL E A OAB

Quando se formou em Direito o mano Miguel militou na advocacia pelos fóruns da Bahia. Passou no concurso para delegado de polícia de Brasília, foi delegado por muitos anos, se aposentou e agora volta à militância. A carteirinha da OAB lhe foi entregue esta semana.

 

LEITOR DO TIÃO

Honrado em ter como leitor o poeta e advogado Manoel Clementino. Daqui o meu abraço.