OS ÚLTIMOS MOICANOS
Dia desses Rubens Nóbrega se espantou com a minha energia de setentão. Devo ter pegado com Gonzaga Rodrigues, que com mais de 90 escreve bonito e fogoso, sem demonstrar a idade que tem.
São os milagres dos novos tempos. Relembro quando Bosco Gaspar previa que jornalista morria sempre aos 40 ou antes.
Eram os jornalistas boêmios que varavam as noites em tertúlias indormidas e por isso morriam cedo.
Eu tertuliei muito, bebi todas e mais algumas, hoje ainda bebo, mas já não aguento os trancos de outrora. Chico Pinto é outro, só que, ao contrário do amigo que vos fala, emborcou o copo e já faz mais de 20 anos que não bebe uma gota de álcool.
Nós, eu, Pinto, Gonzaga, Abelardinho, Josinaldo, David, Gilson Souto, Edmilson, Teócrito, Malvino, não sei se Rubens já chegou lá, mas deve estar perto, Vavá da Luz, Euflávio, Marcos Maivado, Evandro, Júlio Santana, Petronio Souto, Frutuoso e Fernando Caldeira, entre outros que não consigo lembrar agora, integramos o time da resistência heroica que enfrenta o tempo com a certeza do dever cumprido. Dobramos o cabo da Boa Esperança e desmanchamos a profecia de João Bosco Gaspar, ele próprio já morando noutra dimensão ao lado de Heitor, Barbosinha, Luiz Otávio, Aranha, Fodinha, Agnaldo, Toinho, Anco, Marcos Tavares, Carlos Tavares, Jair Santana, Anacleto, Jurandi Moura, Zé Souto, Barreto, Crispim, Martinho, Cecílio , Zé Carlos Valaque, Land, Toinho Vicente, Pedro Moreira, Abmael e Otinaldo, só para ficarmos nesses.
Rubens se espanta com a energia, mas ele sabe que as vezes a gente finge, demonstra uma força interior que está longe de existir, as vezes o desânimo se sobrepõe e nos manda enrolar a bandeira, principalmente depois do surgimento dos modernosos esquemas jornalísticos que prezam mais o “se me dão” do que o dever de bem informar.
Mas a gente tem que carregar a cruz. Até onde der a gente leva. Uma coisa é certa, depois dos setenta, o que vier é lucro.
NIVER DE MARIANA
Sou avô coruja assumido, amo meus netos, os cinco, uns mais velhos, outros mais novos, eles são a continuação da semente que nós, eu e dona Cacilda, plantamos num distante 1978. E a da vez foi Mariana, filha do meu Felipe com a amada Andrea. Doce, carinhosa, linda, completou 8 anos e já lê e escreve corretamente. A ela o meu beijo com o amor do vovô.
LAURA
A sobrinha Laura, belíssima, mal de família devo frisar, também comemorou aniversário esta semana. Ela é filha da minha irmã Neci e do meu inesquecível cunhado Flavão.
NENO E LURDINHA
Duas figuras que muito quero, um casal porreta, amigos dos velhos tempos, juntos há tantos anos que já perdi a conta. Comemoraram aniversário de casamento.
JOSINALDO
Amigo e colega de grandes jornadas, Josinaldo Malaquias entrou na casa dos setenta, mas com a energia de um adolescente, convém lembrar. A ele e a Liliani o abraço de Tião e Cacilda.
LUIZ NUNES
E para fechar o firo, abraçamos Luiz Nunes, o conselheiro, o professor, o conterrâneo, o mestre e o amigo, que alcançou a casa dos 91 e pretende chegar ao centenário com a mesma elegância que um dia o fez galã das mocinhas casadoiras do nosso lugar.
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