DOMINGUEIRAS DO TIÃO

O JEJUM DE BOLSONARO

Vejam esta manchete: “Bolsonaro e pastores convocam o povo para um jejum nacional e garantem que o inferno vai explodir”. Tenho minhas dúvidas. Nesse jejum mais da metade do povo brasileiro já está metido faz tempo. E o inferno só faz engordar. Agora, se o jejum fosse atingir a nata da sociedade, aquele povo que faz de Bolsonaro um mito (coisa que eu duvido e de tanto duvidar botei um fosse no lugar de vai) aí sim seria fantástico e poderia explodir não só o inferno, mas o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e Brasília.

DOMINGO DE RAMOS

Por outro lado, sendo hoje o Domingo de Ramos, aquele domingo da chegada vitoriosa de Jesus a Jerusalém montado num jegue e saudado por fiéis que lhe acenavam com ramos de palmeira, bem como o início do seu sofrimento na direção da cruz, não custa nada que façamos o joelho doer e peçamos a ele pelos pobres e pelos ricos desta nação brasileira enlouquecida por um mito que em vez de mito é mico.

O PASTOR DE MICHELLE

Não tem como fugir do assunto Coronavírus, até porque estamos vivendo em confinamento por causa dele. E me chega essa notícia: “Pastor de Michelle Bolsonaro testa positivo para Coronavírus e é internado”.

Isso é sério, é grave. O que tem para surgir nos dias que seguem não está no gibi. O povo que não tem espaço nas manchetes está aí, de peito aberto, sem respeitar quarentena, esperando a verdade aflorar e se lascar. Se até o pastor da mulher do presidente, que em tese estaria protegido pelas mãos do divino, foi colhido pelo mardito, o que dizer dos desprotegidos  sem eira nem beira?

A LIVE DE RICARDO

O ex-governador Ricardo Coutinho fez mais uma live ontem. Como das vezes anteriores, deu uma aula de administração a quem se interesse em aprender a administrar desde a casa onde mora ao Estado que governa. E antes que aquele confrade que escreve em esperanto para expandir a sua boçalidade venha a público dizer que ninguém viu a live de Ricardo, informo que ela foi vista, só no Facebook, por 12.338 pessoas.

GALEGO DO SACO

E nada como terminar estas Domingueiras homenageando o Galego do Saco, aquela figura que singra os mares da cidade com um saco nas costas, a pé, sem aceitar carona de seu ninguém, dormindo sob marquises e comendo do se me dão.

Como estará ele nesses tempos de Coronavírus? Terá sido atacado pela mardita ou o seu dia a dia já lhe deu a patente de imunidade com a qual enfrenta chuva e sol sem sentir a menor coceira na ponta do nariz?

Este sim deve ser o símbolo deste Domingo de Ramos.