‘Trinta por cento querem, outros 70% dos eleitores não. Como que se ganha eleições se 70% não votam em você?’, questionou.
‘No Rio, Crivella imita Russomanno. Agarram-se com todas as suas forças a Bolsonaro. Chega a beirar o ridículo’, critica.
Segundo o sociólogo, “a eleição para Bolsonaro será ruim, mas se não fosse a pandemia seria ainda pior, pois estamos em um cenário muito relativizado”.
“Nós sabemos que esse programa nunca foi da intenção de Bolsonaro, mas foram forçados por conta da pressão política e social. Isso refletiu positivamente em sua popularidade”, acrescentou.
O sociólogo concluiu sua fala dizendo que “Bolsonaro cresceu 9 pontos percentuais em sua popularidade às custas de R$ 400 bilhões concedidos ao auxílio emergencial” e que “se ele fosse um cara mais respeitável e gostável, esse número seria muito maior”.
O jornal conservador Folha de S.Paulo, que vinha apostando até agora na vitória de candidatos de direita apoiados por Bolsonaro nas capitais, mudou sua aposta neste sábado (31).
Leia trechos do artigo publicado pelos jornalistas Gustavo Uribe, Ranier Bragon e Daniel Carvalho:
“O principal receio que levou Bolsonaro a hesitar em apoiar candidaturas às eleições municipais deste ano, o de ligar o seu nome a fracassos eleitorais, corre o risco de se tornar realidade, mostram as mais recentes pesquisas.
Em um primeiro momento resistente a entrar na disputa no primeiro turno, o presidente cedeu à pressão de aliados e anunciou apoios. Os nomes escolhidos por ele, no entanto, assim como outros que, mesmo sem o apoio, tentam colar suas imagens à de Bolsonaro, enfrentam adversidades eleitorais.
Nomes que encampam um discurso antipolítica, vários deles alinhados a Bolsonaro, têm amargado as últimas colocações em pesquisas do Datafolha e do Ibope, a maior parte delas lideradas por nomes já conhecidos do mundo político.” (Do Brasil 247)
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