Meu amigo Dudu do Manaíra deu um verdadeiro show de bateria numa das noites da semana passada no Bar de João.
O malabarismo com que manipulava os couros invisíveis do instrumento causava espanto.
Ele batia nos pratos, no tarol, no bombo, no bombão, sacudia a cabeça, assanhava os cabelos, chamava para si a responsabilidade pelo bom andamento do ritmo e, claro, era aplaudido efusivamente pela imensa plateia de bêbados que àquela hora enfeitavam as mesas vermelhas do João Mineiro, cabra bom das Gerais que aportou na Paraíba para passar uma chuva e por aqui ficou a espera de novos invernos.
Dudu é um artista, da arquitetura, da música, da bateria fantasma e do copo.
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