E agora, José?

Hoje pela manhã eu sintonizei a TV Master e vi o Padre Albeni defendendo as idéias dos que são a favor do afrouxamento. Ele se mostrava como um exemplo vivo de sobrevivência por ter contraído o vírus da morte e escapado. E, naquele jeito dele, contava que nem precisou ir ao hospital porque uma equipe de devotados médicos se fez presente em seu apartamento, com direito a doação de respiradores e etc. E arrematava: “”Eu aguentei porque tomei, preventivamente, aquele remédio de Bolsonaro e aumentou a minha imunidade”.

Parabéns pra ele, que tem essa sorte de contar com uma fila de médicos na sua porta dispostos a lhe curar sem cobrar um real.

Os outros menos afortunados que não o ouçam. A esses é dada a assistência da Upa superlotada e do hospital quase sem leito.

Mas eu não vim aqui me ocupar somente do Padre Albeni. Vim falar do que saiu hoje no Jornal Nacional, um informativo que desgosta os partidários do genocídio por não camuflar a tragédia em troca de verbas da Secom Federal.

E no Jornal Nacional apareceu a Paraíba, sempre altaneira, desta vez botando os demais Estados do Nordeste na rabeira e aparecendo, ela, sozinha, isolada,  como o único Estado nordestino onde o número de mortos por Covid 19 aumentou.

Está lá no gráfico. Suplantou um Rio Grande do Norte esmulambado, um Pernambuco dilacerado e um Piaui quase liso.

E quero crer que o leitor sabe porque isso aconteceu.

Abriram as pernas, arreganharam, liberaram geral, mandaram o povo às ruas em nome da economia, aderiram ao homem do cachorro quente e nem bem começou a abertura, demos o pulo triplo para ganhar a medalha de ouro da pandemia.

Agora, José?