A idade, ah a idade! Embora minta para mim mesmo dizendo que interiormente tenho 25 anos, sei perfeitamente que estou velho. Velho e ponderado.
Não sinto mais orgasmos jornalísticos, não mais integro o time dos que se achavam o máximo quando escandalizavam a vida alheia.
Não sei o que posso ganhar ao expor, por exemplo, a vida do vizinho famoso que teve a desventura de ver um parente ou aderente flagrado em situação incomum.
Descobri, um pouco tarde, reconheço, que o vizinho famoso não tem culpa de contar nas suas fileiras com o parente sem pudor e sem regras.
Mas eu já gostei de exibir a cara do famoso, somente para constrange-lo diante do quadro dantesco representado pelo parente desgovernado.
Aprendi, repito, um pouco tarde, que o vizinho famoso de hoje poderá ser o eu de amanhã.
Todos erramos, todos temos gente errada na família.
E é muito feio ficar apontado o outro com o dedo sujo.
Fica o recado.
1 Comentário
Verdade Tião, todos nós temos defeitos, mesmo que sejam diferentes daqueles que porventura censuramos.
Com relação a eventual erro de algum parente, que diabos tem o político com isso, cada um sendo maior de idade e civilmente capaz, que responda pelos seus atos.